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Publicado em: 22/06/2020

‘DE REPENTE, A GENTE CRIOU UMA MICROEMPRESA EM CASA’
WAFFLE PÃO DE QUEIJO | POR MARIANA MARIUTTI, SÓCIA DA EMPRESA MOBILE FESTAS


No dia 20 de março, quando São Paulo estava praticamente parada às vésperas do decreto de isolamento social, a Mobile Festas já estava com contratos e prospecções paralisados e os 10 funcionários indo para casa até segunda ordem.

Mariana Mariutti, que criou a empresa de aluguel de móveis para eventos há 19 anos ao lado de Cristina Gazel, viu-se parada em casa, sem faturamento e com tempo livre de sobra. Pensou que a receita que tanto faz de waffle de pão de queijo para as filhas em casa (e que pode ser acumulada facilmente no congelador) poderia servir de ideia.

Um mês de isolamento social depois, ela divulgou os waffles para amigos pelo WhatsApp. “Eles resolveram comprar. Achei até que fosse por bondade: ‘Ah, vamos ajudar a Mari’. Mas uns divulgaram para outros e o negócio foi crescendo de uma forma que eu jamais esperava.”

Na primeira semana, ela vendeu 55 pacotes com 10 unidades de waffle. Hoje, vende em média 150 pacotes por semana - um volume de cerca de 6.000 unidades de waffle por mês. Mariana possui seis máquinas domésticas (com capacidade para dois waffles ao mesmo tempo) e aguarda a chegada de outras duas.

Duas dessas prensas ficam na casa de sua mãe, que em maio começou a ajudá-la para dar conta do volume de pedidos. “Por conta da idade, ela está super isolada. A cada dois dias eu levo os ingredientes e retiro o que ela fez.”

Em Ilhabela, uma de suas irmãs, também parada por conta do isolamento, pegou a receita e algumas embalagens e passou a vendê-los sob a mesma marca, Waffle Pão de Queijo. “Tenho até filial em Ilhabela”, diverte-se. “Claro que é coisa de irmã, mas está vendendo bem.”

As duas filhas adolescentes e o marido ajudam, com pesquisa de embalagens, postagens no Instagram, respostas a clientes no WhatsApp, compra de ingredientes em quantidades grandes. Um sobrinho esportista ajuda com entregas pela zona oeste de bicicleta, e aproveita para manter a forma.

A experiência de gestão como empreendedora leva Mariana de volta ao computador no fim do dia. É ela quem analisa as vendas, os gastos, os pagamentos.

“De repente, a gente criou uma microempresa em casa. E, ainda que seja um período difícil, está sendo um aprendizado. Minhas filhas estão vendo na prática como funciona uma empresa, mesmo que seja uma microempresa.”


‘COM A MESMA MASSA, VOU DESENVOLVER UMA LINHA’
POP BRIOCHERIA | POR EDGARD AIRES, SÓCIO DA OFICINA DA MESA


Com a demanda a zero na quarentena, Edgard Aires e sua mulher, Jussara Aires, tiveram que baixar temporariamente as portas de sua cozinha de aluguel, a Oficina da Mesa, aberta desde 2016. O espaço, com equipamentos profissionais para outros empreendedores prepararem seus produtos, agora tem um único cliente: o próprio Edgard.

Designer de produto, ele atuou durante anos na indústria automotiva e, depois de um mochilão na Europa, voltou apaixonado por panificação. Fez curso no Senai, tentou fazer um negócio com isso, mas nunca ganhou dinheiro desse jeito. Guardou, porém, uma receita dessa época.

“A única formulação que deu certo de verdade na época foi o brioche. Eu não conseguia fazer pão de casca grossa. Hoje eu sei fazer, mas na época não.”

Com a crise, isolou-se no espaço da Oficina, em Perdizes, e colocou de pé uma receita de brioche congelado que, depois de 6 a 8 horas, pode fermentar na casa do cliente e ser assado na própria embalagem de alumínio, por cerca de 12 minutos em forno convencional. Assim, em vez de vender um brioche já assado por cliente, ele vende o kit com cinco congelados e a pessoa decide que horas vai comer.

A marca chegou a começar em maio com outro nome, mas Edgard rapidamente viu que já estava registrado e criou outro nome. Registrou o novo e criou um site para e-commerce. De todos os entrevistados nesta reportagem, é o único que tem uma loja virtual, preocupado com esse tipo de experiência do cliente.


Edgard Aires agora pensa em ampliar a linha com a mesma massa amanteigada de briocheALEX SILVA/ESTADÃO
A vivência na Oficina da Mesa lhe dá alguns passos à frente. Participa de grupos de empreendedorismo e listas do Sebrae para promover mentoria a seus próprios clientes de alimentação. Agora, como o aluguel do imóvel ficou pesado nas contas, Edgard deve transferir ainda neste mês parte da Oficina. E vai manter sua produção de brioches na própria residência, com a ajuda de um funcionário na produção.

Hoje, vende em média 20 kits por semana (com 5 unidades de brioche congelado, com ou sem chocolate). Para ele, o ideal para o negócio se sustentar é chegar a 40 kits por semana (ou 200 brioches) - o que não lhe parece difícil dado que não consegue alimentar rapidamente nem o site nem a conta no Instagram. O volume de trabalho não deixa tempo de sobra.

“Agora, com a mesma massa de brioche, vou desenvolver uma linha. A massa consegue me dar outros produtos”, planeja ele.


‘NÃO QUERO SAIR DO ARTESANAL E ENTRAR EM ESCALA’
FEJUCA FIRE | POR BRUNA YAZBEK, ARQUITETA


A arquiteta Bruna Yazbek tem muitos talentos manuais. Gosta tanto de usá-los que perdeu o interesse pela profissão por conta da área em que atuava: legislação ambiental. Muita burocracia e pouca arte. Dedicou-se a outros afazeres, como marcenaria e tricô.

“Tudo isso sempre foi hobby, que em algum momento eu achei que poderia virar fonte de renda. Coisas bem manuais.” Como também sempre gostou de cozinhar, com a quarentena passou a ocupar a cabeça com receitas.

“Aproveitando o boom do delivery, comecei a pensar que eu tinha que fazer alguma coisa com comida. Feijoada eu nunca tinha feito, mas faço muito cassoulet em casa. A gente adora. Mas não ia ter uma aceitação tão fácil. Então, mudei para feijoada.”

Como mora numa casa com quintal amplo em Embu das Artes (SP), já tinha construído um fogo de chão de pedra, onde gosta de cozinhar na brasa de lenha. É lá que põe a panela de barro onde prepara a feijoada da Fejuca Fire (porção para duas pessoas).

60 km

é quanto Bruna roda a cada sábado, ida e volta entre Embu das Artes e São Paulo, para fazer as entregas

Começou a vender pela primeira vez em 23 de maio, com uma média de 25 pedidos (50 bocas alimentadas). No começo, a ideia era atender apenas a região onde mora, mas a clientela da zona oeste de São Paulo dominou os pedidos.

Para o negócio ficar de pé, Bruna se aliou a fornecedores: compra suas carnes e embutidos do FA Defumados, marca artesanal de Cotia (SP), e embalagens da Food Box, que fica na Mooca. “Foi difícil achar embalagem, porque na pandemia as empresas grandes não querem atender pedido pequeno.” Com o delivery em alta, ela conta que foi assediada por uma empresa de embalagens por telefone, mas pensou que deveria prestigiar a empresa que a ajudou no começo, quando ninguém queria atendê-la.


Preparo da feijoada, com embutidos artesanaisBRUNA YAZBEK
Agora, quer chegar a 50 porções por semana (100 pessoas) para equilibrar o negócio. Hoje conta com a ajuda constante da mulher, que não está desempregada, então com o fim da pandemia precisaria contratar alguém para ajudá-la. “Mas também não quero passar dessa quantidade. Se a panela for muito grande, não consigo mexer nela direito. E eu sairia do artesanal e entraria em escala. Não é isso o que eu quero.”


‘POSSO CRIAR UMA FRANQUIA NO FUTURO, POR QUE NÃO?’
TEMUCO EMPANADAS | POR VICTOR ONETTO, ENGENHEIRO CIVIL APOSENTADO


O engenheiro mecânico Victor Onetto construiu uma carreira no setor hoteleiro, na área de manutenção. Foram 32 anos dedicados a redes de nomes como Intercontinental e Sheraton. Em 2012, desempregado, abriu uma microempresa para continuar prestando serviços no ramo e até o começo deste ano teve serviço, mas já eram bem escassos nos últimos dois anos.

Chileno da cidade de Temuco, na região da Patagônia, Victor sempre fez empanadas em casa para a família, com receita de sua mãe, Olga. Com o tempo mais livre em casa desde meados do ano passado, passou a fornecer empanadas chilenas para um amigo do setor hoteleiro que abriu um bar. Não passavam de 25 por semana. Além disso, vendia para um ou outro amigo e vizinhos.

Quando chegou a pandemia - e as 25 empanadas por semana foram a zero -, Victor se viu com mais tempo ocioso. Ao lado das filhas, criou uma conta no Instagram e passou a divulgar as empanadas no fim de abril. Em menos de dois meses, passou a vender uma média de 170 empanadas por semana. Não quer parar por aí.

“Sem dúvida, penso em colocar num espaço maior. O assunto pode expandir. Por que não?” Há pouco meses Victor adquiriu uma máquina de abrir massa e, na semana passada, comprou uma batedeira. Ainda em formato doméstico, dá para bater massa para 20 empanadas a cada vez.

Num futuro novo formato, o engenheiro pensa no volume ideal. “Umas 300 empanadas por dia? Pode ser, é um número bom, 9 mil empanadas por mês. Posso criar uma franquia no futuro, por que não? Vendo o recheio e o franqueado monta.”


DICAS PARA MANTER O NEGÓCIO

POR WILSON BORGES,

CONSULTOR DE NEGÓCIOS DO SEBRAE-SP

1FORNECEDORES: empreenda em colaboração, em rede. É importante persuadir a cadeia para comprar melhor. Os gastos nas compras afetam seu faturamento

2CLIENTE: saiba quem é seu cliente, do que ele gosta, onde ele compra. É importante ouvi-lo para saber se sua embalagem está adequada para ele (não para você)

3COZINHA: boas práticas de cozinha são fundamentais, e segurança alimentar é uma obrigação. Ela ajuda a estabelecer processos, reduz desperdício e o torna mais competitivo

4DONO OU COZINHEIRO: que tempo você está usando para empreender? Se está cozinhando, não está vendendo, em contato com o cliente. É preciso ser o dono do negócio

5METAS: aonde você quer chegar? Não importa se ainda não sabe como, mas tem de saber o que quer fazer com o negócio, o que quer se tornar

6COMPORTAMENTO: segundo mapeamento da ONU sobre o comportamento empreendedor, para se ter sucesso não bastam habilidades técnicas e ferramentas, mas atitude, persistência, comprometimento

‘É UMA FORMA DE VOCÊ NÃO FICAR LOUCO TRANCADO EM CASA’
PÃO DO OGRO | POR CAIO FERRARI, FOTÓGRAFO FREELANCER


“Estou há três meses trancado em casa. As fotos pararam de uma hora para a outra.” O ramo de atuação de Caio Ferrari é a fotografia de comida. Com a pandemia, os restaurantes fecharam, pararam de fazer divulgação de pratos, pararam de contratá-lo para fazer as fotos.

Começou a fazer pão meio de brincadeira, como conta, um hobby adquirido em casa há uns dois anos. Já tinha desenvolvido algumas receitas, de acordo com os desafios lançados pela família. “Um dia a Flavia (sua mulher) me perguntou se eu não queria fazer cinnamon roll (pão doce com canela). Pesquisei e fiz.”

Essa é uma das receitas da Pão do Ogro, um nome que deixa claro que Caio não quer servir produto que ele chama de gourmetizado.

“Essa coisa do gourmet me cansa. Então, tenho uma bisnaguinha macia para lanche, pão de miolo macio, onde coloco queijo e goiabada”

Caio Ferrari

Entre outras receitas, Caio faz também pão de forma (uma massa que pesa 800g), focaccia e pão de linguiça (esse assado apenas às sextas). Todos os outros são assados e entregues diariamente. Pela manhã, Caio faz; à tarde, sai em sua moto pela cidade para entregar, de segunda a sábado. Sua mulher ajuda respondendo pedidos e fazendo embalagens, enquanto ele está com a mão na massa.

Após o primeiro post no seu Instagram pessoal, que virou a conta da marca, há um mês e meio, começou com 7 kg de farinha de trigo por semana. Hoje, a média é de 20 kg de farinha por semana. Não conseguia vazão com o forno doméstico, então fez o primeiro investimento no negócio recentemente: comprou um forno industrial (cerca de R$ 4.000), onde cabem 10 pães de forma de uma vez só (no lugar de três no forno doméstico).

“Agora, estou até pensando em comprar uma masseira pequena para me ajudar. Não consigo bater à mão mais do que 30 kg por semana”, conta. “Não sabemos como vai ser depois da quarentena, se vão continuar os projetos de foto. Mas o pão tomou um espaço grande na minha rotina, não acho que vou deixar de fazer pão, não. É divertido. E é uma forma de você não ficar louco trancado em casa.”

‘NESTA SEMANA VAMOS MUDAR A EMBALAGEM, VAI SER RETORNÁVEL’
COMPOTES.CO | POR KATIA YAHN, DONA DA YAHN PRODUÇÃO E CENOGRAFIA DE EVENTOS


“O meu prognóstico futuro é zero. Todos os eventos que eu tinha orçado ficaram suspensos por tempo indeterminado.” Katia Yahn foi arremessada pela crise como todos os outros profissionais do setor de eventos, o mais atingido entre os pequenos negócios segundo o Sebrae.

Há 20 anos atuando na área, de repente ela se viu em casa sem projetos e sem renda. O marido é fotógrafo, então também “tem dinheiro quando tem trabalho”. Foi assim que ela começou a revisitar receitas que gosta de fazer em casa e agrada familiares.

Fez pastinhas (homus, coalhada seca), geleias e compotas e enviou para amigos experimentarem na primeira semana de abril. Com o aceno positivo, os filhos (três adultos) começaram a divulgar para conhecidos.

Os produtos são embalados num pote plástico de 200g. Na primeira semana de maio, Katia vendeu 150 potinhos; agora tem uma média semanal que chega a 180 potinhos. O sucesso com o público que atingiu pelo WhatsApp e por sua conta no Instagram já a levou à primeira adaptação do negócio.

“Um amigo chef de cozinha acha que meu pote é muito simples, nada ecológico e que tenho um produto com mais potencial. Nesta semana vamos mudar para vidro, que vai ser retornável. É menos lixo, eu posso esterilizar e dar desconto no valor da compra.”

De segunda a quinta na cozinha, é na sexta e no sábado que Katia faz as entregas pessoalmente. Isso pode mudar com o fim da pandemia, porque ela vê futuro para a empresa fora de sua casa. “Eu já andava meio desiludida com os eventos. A Compotes me dá prazer e tirou muito da minha ansiedade. Quero que ela cresça, vá para um espaço maior.”

‘A GENTE NÃO SABE O QUE VAI ACONTECER COM O SETOR DE EVENTOS’
CATELLANI HOME MADE | POR CLÉLIA CATELLANI, DONA DA CATELLANI REALIZAÇÕES


No último Bola de Prata, premiação anual do futebol, Clélia Catellani comandou uma equipe de 80 pessoas no seu bufê de eventos, entre eles 20 cozinheiras, para atender o evento. Na empresa que leva seu sobrenome, ela tem cinco funcionários fixos e atende majoritariamente eventos corporativos.As receitas variam de acordo com o gosto do cliente e podem incluir sanduíche de pernil, escondidinho de carne seca, quinua com legumes.

Clélia faz toda a operação, adapta receitas, orienta as cozinheiras. Mas em 20 anos de empresa nunca cozinhou ela mesma. Lá, é a cabeça do negócio, que fatura em média R$ 1,2 milhão por ano.

Agora em casa, com todos os eventos cancelados desde março, voltou-se à cozinha e pensou no que poderia fazer para ter alguma renda. O primeiro alvo foi o grupo de WhatsApp do condomínio com 400 apartamentos, na Barra Funda, no dia 23 de maio. Em seu primeiro dia de vendas, entregou feijoada para 80 pessoas.

Desde então, durante a semana as receitas podem variar (parmegiana, sopa de ervilha, bife a rolê, galeto assado), sempre com opção vegetariana. E a rede de contatos já se expandiu para fora do condomínio, então o filho e o marido ajudam com as entregas. “Meu marido também é do setor de eventos, de cenografia. Estamos falidos”, conta, com bom humor.

Com o abalo do setor de eventos, Clélia já vislumbra um lugar aonde chegar com a nova atividade, com a cabeça de quem sempre esteve à frente da gestão do negócio. “Eu adoro o meu negócio de eventos, mas a gente não sabe o que vai acontecer com o setor. Se eu puder contratar duas cozinheiras e entregadores, isso aqui (venda de comida) pode virar um negócio que sustente a minha família.”

‘VALE CONTRATAR UMA OU DUAS PESSOAS PARA ME AJUDAR AQUI EM CASA’
TORTA DO PAI | POR ANTÔNIO SÉRGIO CARVALHO, MOTORISTA DE APLICATIVO


Em 2014, Antônio Sérgio Carvalho montou uma cozinha de produção na residência de quem viria a ser seu sócio, para produzir tortas salgadas com uma receita que ele carrega há tempos e sempre agradou a família. Compraram 3 freezers, geladeira, cortador de frios - a ideia era fornecer tortas para rotisserias.

Mas o negócio não deu certo: estar dentro da casa do sócio foi um problema e, menos de um ano depois, eles se separaram. Um desses freezers ficou em sua casa, parado. Agora, após um intervalo de quatro anos sendo motorista de aplicativo, Antônio passou a preenchê-lo de novo, no último mês, com suas tortas.

Parece um empreendedor antigo do ramo de alimentação, mas essa foi uma experiência pontual. Após uma temporada de 11 anos nos Estados Unidos com a família, quando fez variados bicos, voltou apostando na função de ‘marido de aluguel’, em obras e reformas, depois como motorista de aplicativo.

Com o isolamento social, viu nas tortas uma chance de ocupação, estimulado pela família. Seu filho, o jornalista Diego Salgado, ajudou com uma postagem no Twitter em 25 de maio. Depois, criou a conta no Instagram. E veio uma avalanche de clientes.

Em duas semanas, venderam 394 tortas. Todas estão pagas, mas a maior parte espera numa fila de produção até 11 de julho - Antônio só consegue produzir 12 por dia, 60 por semana. Diego, ciclista há 20 anos e animado com o negócio do pai, é quem faz as entregas de bike em seus dias de folga.

“Minha intenção é ficar com a marca depois da pandemia. A renda é melhor do que com aplicativo”, conta Antônio, que pensa na expansão do negócio para além das 12 tortas diárias. “Não quero abrir um lugar, não. É muita conta para pagar, imposto, aluguel. Mas vale contratar uma ou duas pessoas para me ajudar aqui em casa.”


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