O líder é aquele que ensina. O chefe é aquele que acha que já sabe o suficiente.
O chefe impõe o que quer e as coisas precisam sair do seu jeito. Ele não aceita ser incomodado nem questionado. Acha que todo mundo disputa com ele ou quer tomar seu lugar. Já o líder, não.
O líder tem o seu lugar no coração dos funcionários. É humano, empático, olha para as pessoas e as escuta. O chefe olha para a gente, vê números e fecha os ouvidos. O chefe olha de cima para baixo; o líder, de dentro para fora.
A diferença entre chefe e líder pode estar relacionada também à saúde dos subordinados.
O líder, quando chega, aglutina as pessoas, todas querem ficar por perto, se alegram e rendem mais no trabalho. O chefe, por sua vez, espanta, afasta, amedronta e faz adoecer. O líder perpetua a verdade; o chefe gosta da intriga. O líder multiplica; o chefe, subtrai.
Nas empresas, é comum ainda a figura do chefe que não consegue ver além das montanhas. Que se baseia em caixas quadradas e uniformes. O líder perpassa, senta no canto da mesa, oferece um café e fala da vida.
O líder tem uma batuta leve, quase invisível, como no TED de Itay Talgam. No vídeo, o palestrante utiliza como exemplo vários maestros para diferenciar o líder daquele que impõe. Um ajuda na condução; o outro exige a melhor nota.
O maestro não tem subordinados. Cada um com seu instrumento tem autonomia para criar e desenvolver sua música. Sob a batuta de um chefe, a criatividade fica escondida, com medo e o silêncio impera.
O líder tem adeptos. O chefe, súditos. Liderar é divertido, chefiar é rotineiramente chato. O líder tem uma fala transparente. que flui no tempo. O chefe gosta do relógio de ponto. O líder não se intitula um líder, o chefe precisa reforçar sua patente – o tempo todo.