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Publicado em: 16/11/2019

Para a presidente do ManpowerGroup na América Latina, as empresas precisam capacitar colaboradores com soft skills e tornar os ambientes mais diversos para atrair talentos

“A tecnologia ajuda a trazer mais diversidade e flexibilidade”, afirma. “Mas as empresas precisam mudar os seus modelos para aproveitar esses benefícios.”

Para Monica, essas mudanças são necessárias para os negócios enfrentarem o que considera o principal desafio de hoje e dos próximos anos: escassez de talentos.

Segundo pesquisa da Manpower, 34% das empresas brasileiras admitiram ter dificuldade em encontrar mão de obra.

A solução, de acordo com a executiva, é investir em capacitação dos colaboradores e valorização de experiência e soft skills, em vez de apenas considerar diplomas e conhecimentos técnicos.

Segundo Monica, apesar de considerar que algumas das carreiras do futuro serão, por exemplo, médico de nanotecnologia, consultores de pessoas mais velhas, pilotos, guias e arquitetos para o espaço, a qualquer momento isso muda.

Ela diz que há alguns anos pilotar drones era considerado um trabalho do futuro mas, hoje, qualquer um consegue controlar. “O importante não é a carreira que você tem hoje”, diz. “Mas sim se você tem soft skills para entender o mundo a sua volta e aprender a tempo o que é necessário.”

Em passagem pelo Brasil, Monica conversou com a Época NEGÓCIOS sobre como, em um ambiente cada vez mais digitalizado e automatizado, as empresas precisam valorizar o lado humano para se preparem para o futuro.

Como você avalia o impacto da tecnologia no trabalho?

Tecnologia é um novo estilo de vida. Isso resulta em muitas mudanças no mercado de trabalho. Os robôs e softwares substituirão muitas funções repetitivas, nas quais não são necessárias o lado humano, como habilidade sociais, criatividade e inovação.

Ao mesmo tempo, novos trabalhos surgirão. Engenheiros para os algoritmos, pessoas para solucionar problemas de meio ambiente, de cibersegurança e de escassez de alimentos, por exemplo. Não podemos ver a tecnologia como inimiga, mas como habilitadora para um modelo melhor.

Quais são os desafios?

O principal é a escassez de talentos. As pessoas não foram preparadas para habilidades digitais e soft skills. Na América Latina ainda temos um complicador: o sistema de educação é obsoleto de forma geral. Os alunos são demandados a decorar informações sem refletir ou desenvolver uma opinião sobre o assunto. Os currículos das faculdades foram feitos há 10 anos e não se atualizaram. Nossa força de trabalho está sendo preparada para o passado, não para o futuro.

Quais habilidades se tornaram fundamentais?

As competências mais demandadas são comunicação, liderança, solucionador de problemas e colaboração. Mas aprender a aprender é o que conecta todas essas habilidades. Do CEO ao iniciante, todos precisam estar abertos a novos aprendizados para lidar com as tecnologias e um mundo com cada vez mais opções.

Como as empresas devem atrair e reter talentos?

O primeiro passo é tornar a empresa atraente para todos os grupos. As companhias precisam aprender como aproveitar as experiências de pessoas mais velhas, mulheres, pessoas com deficiências e outras minorias.

Cada um tem suas diferenças, as mulheres quando engravidam precisam mudar suas rotinas, os mais jovens querem viajar por dois meses e não se importam em largar o emprego. Não é uma moda ser mais flexível e diverso, é uma necessidade. Mesmo assim muitos líderes ainda não aceitam não terem os seus funcionários todos os dias, por oito horas, sentados em suas mesas.


O que isso significa para o modelo de gestão da empresa?

Significa que o sistema vertical de hierarquia acabou. Os millennials, por exemplo, serão maioria da força de trabalho nos próximos anos. Eles querem ser reconhecidos pelos seus líderes. Ou seja, não querem chefes, mas alguém que saiba seu nome, conheça suas aspirações profissionais e seja um mentor.

As empresas precisam remover essas barreiras para que os CEOs fiquem mais em contato com a realidade da organização. O lucro não pode ser mais o único objetivo, mas as empresas precisam se preocupar em criar valor.

Qual é o resultado dessas mudanças?

Inovação. A tecnologia ajuda a inovar, mas por trás disso tem que ter equipes diversas, uma cultura de aceitar o erro e líderes que capacitam e envolvem os talentos na estratégia da empresa. As empresas inovadoras são aquelas que estão abertas a mudanças de fora, fazem parcerias e atuam em um ecossistema, levando em conta a opinião de clientes e colaboradores.

Como você avalia o Brasil nesse cenário?

O Brasil tem se mostrado mais aberto para essas mudanças. Muitas empresas estão adotando dress code flexível e regras bem claras de diversidade e inclusão — algo que ainda não se vê em outros países latinos. O tamanho continental do país pode ser visto como uma barreira, mas na verdade é uma vantagem.

O Brasil não sofre com falta de mão de obra como outros países. Mas, para competir com países desenvolvidos, precisa capacitar essa força de trabalho.
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