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Publicado em: 20/05/2019

Entre os muitos alertas, aprendizados e reflexões, que o aumento da longevidade vem provocando, vale destacar as manifestações de tristeza e arrependimento que têm sido explicitados por idosos, que deixaram de viver, de forma mais intensa, os momentos e desfrutes do seu passado.

Exemplos mais contundentes desta conduta podem ser encontrados nas manifestações de dois escritores famosos e reconhecidos mundialmente.

Tanto Jorge Luiz Borges, como Gabriel Garcia Márquez, que faleceram com mais de 85 anos, refletiram e se manifestaram sobre este tema, na proximidade das suas mortes.

Vejam o que diz Borges – ou o suposto autor desconhecido, tendo em vista que a autoria de Borges tem gerado dúvidas - em seu poema “Instantes”, escrito pouco antes do seu falecimento:

“Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.

-Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais...

-Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios...

-Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria. Mas se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.

- Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.

- Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez a vida pela frente.

- Mas já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.”

Por outro lado Gabriel Garcia Márquez escreveu “Um gênio se despede”, dizendo:

“Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marionete de pano e me presenteasse um pedaço de vida, aproveitaria esse tempo o máximo que pudesse.

- Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente, pensaria em tudo que digo;

- Daria valor às coisas, não por aquilo que valem, senão pelo que significam; dormiria pouco, sonharia mais...

- Aos homens eu provaria o quanto equivocados estão ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar;

- Aos velhos lhes ensinaria que a morte não chega com a velhice, senão com o esquecimento;

- Se soubesse que estes são os últimos minutos que te vejo, diria ‘te quero’, e não assumiria, estupidamente, que você já sabe;

- ...tome tempo para dizer aos que você ama ‘sinto muito’, ‘perdoa-me’, ‘por favor’, ‘obrigado’, e todas as palavras de amor que conheces;

- Ninguém te recordará pelos teus pensamentos secretos. Pede ao senhor a força e a sabedoria para expressá-los. Demonstra a teus amigos e seres queridos, o quanto eles te importam.”

E ainda reforçando com dois autores brasileiros: Millôr Fernandes, que diz

“O que o dinheiro faz por nós não é nada em comparação com o que a gente faz por ele.”

E Carlos Drummond de Andrade: “Não há tempo consumido/ Nem tempo a economizar/ O tempo é todo vestido/ de amor e tempo de amar.”

Aqui ficam alguns registros, e provocações, para todos aqueles que, na correria de cada momento de suas vidas, adiam, para um futuro incerto, os planos para maior convivência com a família, desfrute, amigos, reflexões, encontro com sua individualidade, etc.

(Renato Bernhoeft)
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