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Publicado em: 17/02/2019

Erros e fracassos acontecem o tempo todo. Brumadinho, Mariana, quedas de viadutos, falência de empresas, erros médicos que matam milhares de pessoas. E a grande questão é o que e como aprender com os erros dos outros em vez de ter que aprender com os próprios erros.

É bem melhor e dói muito menos. Assim, aprender com os erros que aconteceram em Brumadinho e Mariana é fundamental para quem não quiser transformar a própria vida num outro Brumadinho. Vejamos algumas questões relevantes e que fazem a diferença.

O processo decisório é o que faz a diferença

Queiramos ou não, estamos sempre decidindo, fazendo escolhas. É impossível não estar decidindo, entre outras coisas, porque não decidir já é uma decisão. Assim, o que somos hoje é consequência de nossas decisões e escolhas do passado e o que seremos amanhã consequência de nossas decisões e escolhas do presente. E as nossas decisões e ações dependem da nossa capacidade de avaliar.

Cabe sempre lembrar que o mega bilionário Warren Buffet atribuía à sua capacidade de avaliar uma das principais razões da sua fortuna.

Brumadinho, Mariana, quedas de viadutos, falência de empresas, erros médicos que matam milhares de pessoas são, na sua maioria, consequência de avaliações e decisões equivocadas ou de ações mal executadas.

Portanto, a questão é identificar o que levou os administradores e gestores de Brumadinho e Mariana a cometerem erros tão graves. Vamos aos pontos principais

O primeiro ponto negativo, e de grande relevância, é as pessoas não terem consciência de que estão sempre decidindo, quer queiram quer não. E como diz o Coach John Whitmore, “Eu só posso controlar aquilo de que tenho consciência. Aquilo de que não tenho consciência me controla. A consciência me fortalece”.

E as pessoas que têm consciência de que estão sempre decidindo vão procurar desenvolver continuamente as competências relativas ao processo decisório.

Competência é como um exercício que deve ser feito continuamente. E também vão ter consciência das consequências das decisões tomadas, inclusive as negativas que podem ser trágicas. E neste sentido, exemplos não faltam. Mas o que acontece é que com frequência as pessoas só têm uma visão de curto prazo sem verem e avaliarem as consequências a médio e longo prazo.

Também é sempre importante ressaltar que a verdadeira decisão importa em ação e é pela ação que se conhece qual a verdadeira decisão tomada. Não é pelo discurso.

O estado mental

Para que se possam tomar decisões com inteligência e competência é preciso saber sobre o poder do estado mental e assim, porque pessoas extremamente competentes tomaram decisões profundamente equivocadas. E um dos exemplos mais emblemáticos é o de Jack Welch, considerado por muitos como um modelo de executivo. Numa negociação, Welch cometeu um erro que redundou num prejuízo de 1,2 bilhões de dólares.

Refletindo sobre seu erro, Welch constatou que não foi por falta de competência, mas porque ele fez uma confusão entre autoconfiança e orgulho e a linha que separa a autoconfiança do orgulho é muito tênue. Sem autoconfiança, ninguém consegue nenhum feito mais relevante. Mas com orgulho, e mais precisamente com o que chamo de VOA - vaidade, orgulho e arrogância, qualquer pessoa, por mais competente que seja, pode cometer erros de grande magnitude, não importa a área de atuação.

Assim, para se ter sucesso também é preciso saber qual o estado mental necessário. Andrew Carnegie, um mega empresário ligado aos primórdios da indústria americana do aço, sabia que quando precisava tomar uma decisão importante e negociar, precisava estar focado e num estado mental de tranquilidade. Para entrar neste estado, consumava jogar paciência. O que importa é saber que para tudo o que se faz há sempre um estado mental rico de recursos e que é preciso encontrar estratégias e meios para entrar neste estado.

Os escultores e os que cantam epitáfio

Existem basicamente dois tipos de pessoas, os escultores e os que cantam epitáfio. Os que cantam epitáfio tem por base uma música cantada pelo grupo musical Titãs, que é uma música de arrependimento sobre uma porção de coisas que a pessoa devia ter feito mas que não fez. E a razão disto está num dos versos que diz: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”.

Portanto, quem quiser cantar Epitáfio é só andar distraído e esperar ser protegido pelo acaso. O fato é que nem Zeca Pagodinho acredita numa música que canta e faz muito sucesso que diz: “Deixa a vida me levar, a vida leva eu”.

Os escultores tem o poder de vencer. E um verso de Charles Chaplin tem um final que mostra este ponto quando diz.

“o dia está na minha frente,
esperando para ser o que eu quiser,
e aqui, estou eu o escultor que pode dar forma,
tudo depende só de mim”.

Os escultores conhecem o poder das avaliações, decisões e ações e dos estados mentais ricos de recursos. Portanto, a maior decisão que uma pessoa pode tomar é decidir se quer ser escultor ou se quer cantar epitáfio. E o que deve ser ressaltado é que as pessoas, conscientemente ou não, estão continuamente tomando esta decisão.

Portanto, aprender com e sobre Brumadinho e Mariana é fundamental para quem não quiser transformar a própria vida num outro Brumadinho e cantar Epitáfio e se arrepender pelas decisões que devia ter tomado e não tomou. E também pelas ações que devia ter feito, mas não fez.

(J.Augusto Wanderley)
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