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Momento Empresarial



Publicado em: 19/10/2012

Muito provavelmente, este pode ser considerado o tema mais contundente já abordado aqui no nosso espaço, que, aliás, trato com muito carinho e sinceridade.

Prezo muito esta abertura, onde posso colocar um pouco de minhas experiências e assim, poder contribuir com o desenvolvimento e sucesso dos amigos que me prestigiam.

Hoje pretendo conversar mais um pouco sobre esta questão intrigante para alguns, delicada para outros e, necessária para todos. A gestão aberta de seus negócios.

Muitas vezes nos deparamos com situações em nosso trabalho quando, após as análises da situação, vemos claramente que problemas, não superficiais e cujas soluções demandam uma atitude mais complexa e direta, nos são apresentados. Não se trata de nenhuma novidade e muito menos de nada que seja contrário a muitas empresas tidas e havidas como, de sucesso no mercado e de considerada solidez. Infelizmente, muitas vezes a coisa não é bem assim, ou melhor, não está bem assim.

Na maioria das vezes, uma empresa solicita nosso trabalho e no momento inicial, quando da chegada para o início das atividades, nos são passadas as intenções e carências, por parte dos empresários. A partir daí, iniciamos, direcionando as estratégias e metodologias, com vistas à necessidade do cliente, porém, fazendo uma análise ampla da empresa.

Como sempre dizemos, o empresário sente um problema, ou melhor, ele sente os reflexos, mas, as consequências reais, estão longe daquilo imaginado por ele. Desse modo, as soluções terão outro caminho a ser trilhado e muitas vezes, causando certo ceticismo por parte do empresário, que tende a imaginar a existência de certo exagero ou engano por parte do diagnóstico a ele apresentado.

Na verdade, o que ocorre, é que problemas conhecidos ou imaginados na empresa são, conscientemente, colocados de lado, ou simplesmente tratados de maneira superficial e partidária pelo seu proprietário ou gerente. Muitas vezes, quando o problema, ou seu foco, tem como agentes pessoas da família ou agregados, a tendência, por parte dos empresários é a da aplicação da lei do jeitinho e da tolerância. O pensamento é o de se evitar desgaste nas relações familiares, não se indispor com este ou com aquele e empurrar equívocos ou desmandos pra frente.

È comum se observar gastos exagerados por uns, gastos desnecessários por outros, investimentos feitos de forma precipitada e inapropriada, que causam desequilíbrio orçamentário e, obviamente, problemas sérios para a empresa.

Também, e isso é muito comum em empresas familiares, o excesso de pessoas da família, ocupando espaço e sem contribuir com nada, por não terem capacitação, aptidão e, o pior, causando problemas para aqueles que já têm muito a fazer e que efetivamente trabalham.

O famoso, “cabide” de emprego, que está muito longe de ser considerado um exercício do processo de sucessão familiar. Não é não. Na maioria dos casos é inchaço desnecessário mesmo, e são exatamente em empresas assim, com essas características e vícios, onde a sucessão bem feita, bem conduzida, com técnicas e objetivos, nunca irá acontecer. Daí vem a mortalidade de empresas na segunda e terceira geração, tão propagadas e alertadas por órgãos e especialistas do meio.

Interessante nesse processo triste, é que vemos de maneira bem explícita, a situação do: faz pra um, aí não pode cobrar do outro. Isto é praxe. E assim, nesta toada, vamos observando porque não há mais autoridade por parte de quem deveríamos esperar, ou seja, do empresário ou seu gerente direto. Este fica como se fosse um refém da situação, que ele, aliás, contribuiu para que chegasse a esse ponto. E a bola de neve vai aumentando e vai descendo morro abaixo, arrastando tudo até se espatifar e mandar cacos pra todo lado.

Vamos deixar bem claro que, o contrário também ocorre. Muitas vezes, empresários se perdem ou se empolgam com determinadas empreitadas e ideias e partem paras atitudes descabidas e de risco. São alertados por familiares, gerentes e funcionários, mas, fazendo-se valer da condição de “chefe da família” e “dono do negócio”, metem os pés pelas mãos e, o pior que muitos até entendem o alerta, mas, não podem voltar atrás. Isso seria terrível para ele. Imagina! Esse também se apresenta como um dos starts para muitos infortúnios no meio empresarial.

Com isso dá para imaginar como será o retorno para um profissional que tem como tarefa, apresentar um diagnóstico com os problemas encontrados, o seu volume, os danos que estão sendo causados e, pior, o que tem de ser feito. Nessa hora, nós somos vistos como um forasteiro que chegou pra implantar a discórdia, que é louco, que quer prejudicar A ou B, etc. È nessa hora, a hora do choque e do aplicativo de remédios amargos para o problema, que se espera a maturidade, a responsabilidade e a serenidade por parte daqueles que nos chamaram.

Muitos empresários deveriam analisar friamente e fazer uma leitura sincera de suas empresas. Procurar antever o futuro que terão caso não tome uma medida consciente e enérgica de imediato, mesmo que doa no começo ou cause espanto a muitos. Isso é gestão. Isso é ser empresário. E, isso sim é ensinamento e exemplo a ser seguido.

Um abraço a todos!



Luiz Antonio Farina Dias , Consultor Empresarial. Engenheiro, Economista. Pós Graduado em Gerência Empresarial pela FACESM. Pós Graduado em Qualidade e Produtividade pelo Departamento de Engenharia de Produção da UNIFEI. Mestre em Engenharia de Produção pela UNIFEI. Professor Universitário. Para falar com o autor, use o e-mail luizfarina@bol.com.br

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