O Instituto de Marketing Industrial (IEMI) ouviu 4.073 pessoas, entre homens e mulheres, acima dos 15 anos e provenientes das classes A, B, C, D e E, de todos os estados brasileiros. O objetivo era conhecer o perfil de suas últimas compras de artigos de vestuário.
Segundo o estudo, a maior parte das compras de vestuário (63%) foi feita em dias de semana e à tarde, o que derruba a tese de que é nos fins de semana que o comércio mais vende. “A compra de roupas é vista como uma tarefa, mesmo que ocorra por impulso”. De acordo com a pesquisa, foi isso mesmo: apesar de 44% terem comprado produtos que já tinham visto antes, 66% das pessoas adquiriram roupas e acessórios por impulso.
Outro dado relevante mostra que as vitrines são cruciais para atrair o consumidor e fazê-lo abrir a carteira: 85% das compras foram motivadas por produtos que estavam expostos nas vitrines. “ O item que está exposto costuma ser o que mais vende”, diz o analista.
Em termos de estilo e número de peças, as camisas e blusas ficaram em primeiro lugar na lista de compras, seguidas pelas calças jeans. Entre os consumidores que foram às compras nos últimos meses, 35% compraram duas peças e 6% mais de cinco. O pagamento à vista é preferência: 63% pagaram à vista, sendo que 40% desses, o fizeram em dinheiro. Quem comprou em parcelas pagou, principalmente, em duas vezes (40%) e em três vezes( 33%).
Entre os grupos sociais, os mais altos (principalmente o A),compraram mais roupas casuais do que os membros dos grupos com menos poder aquisitivo, que escolheram preferencialmente, roupas de trabalho.
Entre os sexos, há pouca diferença em termos de número de peças adquiridas, mas as motivações diferem. As mulheres continuam mais abertas às chamadas “novidade” e gastam mais com roupas para marido e filhos.
Os homens compram mais para si e escolhem pela atualidade da peça e por sua qualidade.
Quanto ao perfil do ponto-de-venda, as lojas especializadas ganharam na preferências dos consumidores de ambos os sexos. Os itens mais importantes para a fidelização dos clientes foram: produto, preço, localização e atendimento, nesta ordem.
A pesquisa também apontou que 87% dos consumidores não compravam na loja em questão, pela primeira vez.
Isso demonstra uma certa fidelização pelas lojas. “Mesmo que o cliente não vá com muita freqüência, ele sempre volta se ficou satisfeito”, afirma o consultor. Entre os fatores que mais espantam os clientes estão, pela ordem: vendedores inconvenientes, preços altos, qualidade ruim e falta de variedade.
“Ao contrário do que muitos empresários acreditam, não é a novidade que atrai o cliente para a loja”, explica o consultor; o que realmente conta pontos é a conveniência e o conforto para comprar, como estacionamento fácil e variedade de produtos.