CONVERGÊNCIA - Os sócios devem ter unidade de pensamento, identidade de valores e comunhão de objetivos; eles não precisam pensar igual sobre tudo, mas devem pelo menos ter identidade quanto a valores pessoais e quanto à postura perante a vida e à empresa. Os estilos de trabalho podem ser diferentes, mas os princípios morais e éticos devem ser convergentes.
COMPLEMENTARIDADE - As diferenças entre os sócios não devem implicar filosofias opostas ou valores antagônicos, mas sim características que se complementam e qualidades que se somam. As diferenças entre os sócios naturalmente podem existir, desde que tornem sociedade forte a partir da soma de características que se completam.
COMPANHEIRISMO - Amizade e companheirismo são coisas distintas. A amizade não garante sucesso ao empreendimento, mas a ausência de sucesso pode acabar com a amizade. Na empresa deve sempre existir uma fronteira clara entre amizade e sociedade. Mais do que amizade, o que deve prevalecer entre os sócios é respeito mútuo e solidariedade nos bons e maus momentos.
CONFIANÇA - É absolutamente inconcebível uma sociedade em que os sócios não confiem um no outro. É preferível não constituir uma sociedade com certa pessoa que inspire dúvida sobre seu comportamento ético, no sentido da convergência de valores que destacamos. Além disso, nem todas as decisões na empresa serão consensuais. Muitas vezes você precisará dar crédito às idéias e propostas dos seus sócios, ainda que na sua opinião elas não sejam as mais indicadas. Nessas ocasiões, dê oportunidade para seu sócio tentar. Se não der certo, aja rapidamente em outra direção, e não perca tempo com frases do tipo “não disse”? ou “sabia que não daria certo...”
COMPREENSÃO- O dia-a dia da empresa é dificil e pesado, e não pode prescindir de entendimento e tolerância que nos habilitam a aprender a ouvir e compreender o pensamento, as intenções e os receios dos nossos interlocutores.
CIRCUNSTÂNCIA - É preciso analisar as condições de momento para constituir a sociedade. Atente para as circunstâncis pessoais, familiares e financeiras pelas quais passa o futuro sócio. Analise se essas circunstãncas não levarão seu sócio a se precipitar na iniciativa empreendedora com você de forma pouco refletida. Procure avaliar se ele amadureceu adequadamente, a idéia da sociedade e se sua circunstância particular de vida favorece a empreitada, ou se pelo menos não a coloca em perigo.