Revista O Empresário / Número 125 · Novembro de 2008
Você acha que nunca vai conseguir aprender inglês? Estudou anos e anos, mas ainda continua no básico? A língua trava na hora de pronunciar o bendito “th”? Trocou de escola incontáveis vezes?
Você não está só. O que os professores vêem há tempos em sala, agora é comprovado por estudos acadêmicos: adultos têm mais dificuldade para aprender uma segunda língua que crianças e adolescentes.
Essa particular dificuldade com os idiomas não tem nada a ver com o QI dos adultos. O problema é, por vezes, psicológico e, como tal, pode ser trabalhado.
Os adultos preocupam-se demais em buscar um sentido lógico no idioma e comparar a nova língua com o português. Isso nem sempre dá certo. Imagine um estrangeiro querendo saber por que usamos ‘falecer’ para uma pessoa, mas não para uma samambaia... ele precisa simplesmente aceitar que é assim.
O QUE O ADULTO DEVE FAZER
Indicar se sua maior dificuldade está no vocabulário, na gramática, na escrita, na audição ou na fala e, a partir daí, concentrar todos os esforços nesse ponto fraco.
*Ter o maior contato possível com o idioma também fora da sala de aula, ouvindo músicas, vendo filmes, lendo revistas, acessando sites de internet etc.
*Não estudar traduzindo. O estudante que traduz corre o risco de se frustrar com freqüência por que certas palavras e construções gramaticais das línguas estrangeiras não têm correspondente em português.
*Não abandonar o curso por impulso, argumentando que não se adaptou ao método ou não gostou do professor. A origem da dificuldade para aprender a língua pode, na realidade, estar no próprio aluno.
*Não cobrar de si a perfeição. Atualmente, o mercado de trabalho exige que a pessoa compreenda e seja compreendida, e não que tenha o “inglês da rainha”. Além disso, muitas vezes a comunicação será com estrangeiros que também não têm o inglês perfeito.