AECambuí
Associação Empresarial de Cambuí






QUEM SOMOS | SERVIÇOS | ASSOCIADOS | PROFISSIONAL AUTÔNOMO | EMERGÊNCIA CAMBUÍ | CONTATO
Ligue para AECambui » (35) 3431-2772
» Revista "O Empresário"
» Banco de Currículo
» Últimas Notícias
» Comportamento.
» Comunicação
» Conselhos Úteis
» Consultas Boa Vista Serviço - SCPC
» Finanças ao seu alcance
» Jurisprudência
» Momento Empresarial
» O que é Boa Vista SCPC?
» Oportunidade de Emprego
» Serviços Prestados - AECAMBUÍ
» Vida saudável
» Turismo
» Fotos da Cidade
» Fotos dos Cursos
» Memória Viva


VOLTAR
Últimas Notícias


Publicado em: 29/10/2025

Descubra como identificar pequenos hábitos do dia a dia que podem causar grandes desperdícios financeiros.

Você sabia que pode estar perdendo dinheiro sem nem perceber? Muitos hábitos aos quais não costumamos dar importância no dia a dia podem  representar um bom rombo nas finanças no final do mês e, ao longo dos anos, somar perdas ainda mais significativas. 

O desperdício de dinheiro acontece de diferentes maneiras: ele pode estar  naqueles serviços que pagamos sem usar, naquela comprinha por impulso, na comida que é jogada fora, no pagamento de juros por atraso em pagamentos, na multa por desatenção no trânsito, naquelas renovações automáticas de planos antigos de telefonia celular e até mesmo no consumo de água e energia elétrica.

No fim do mês, esses “pequenos vazamentos” se acumulam e representam um bom dinheiro jogado fora, literalmente. Identificar essas fontes de desperdício é o primeiro passo para fazer um bom uso desse recurso finito, que nos esforçamos tanto para ganhar.
Principais hábitos que fazem você desperdiçar dinheiro
O desperdício está em cada gasto feito sem necessidade ou em cada recurso usado além do que realmente precisamos. Veja algumas das situações mais comuns e perceba como elas podem estar presentes no seu dia a dia.

1. Desperdício de alimentos
No Brasil, cerca de 30% da produção de alimentos, o equivalente a 46 milhões de toneladas ao ano, acaba sendo descartada, incluindo itens como tomates, bananas, laranjas, carnes e hortaliças. Jogar comida fora não é apenas uma perda direta de dinheiro: há também desperdício de água, energia, transporte e insumos utilizados em toda a cadeia produtiva. 

Para reduzir essa perda, algumas estratégias simples já fazem a diferença. Planejar refeições semanais, verificar o que há em casa antes de ir ao mercado, fazendo listas a partir disso, e cozinhar porções adequadas são medidas eficazes. Além disso, é possível aproveitar integralmente frutas, legumes e verduras. 

Para não perder dinheiro, outra dica é comparar preços antes de passar no caixa. Calcular o preço por grama ou quilo ajuda a escolher a opção mais econômica - por exemplo, um pacote de 200g de queijo a R$20 custa R$0,10 o grama, enquanto outro de 500g a R$ 35 sai por R$ 0,07 o grama, tornando o segundo mais vantajoso.

Para quem tem espaço em casa, fica outra dica: cultivar temperos, verduras e legumes  em vasos, floreiras e jardins também ajuda a economizar e a reduzir o desperdício.  Um maço de salsinha e cebolinha, por exemplo, se não for tratado e congelado, em geral, acaba estragando na geladeira. 

2. Gastos com multas e juros
Mesmo pequenos atrasos em pagamentos podem gerar multas, juros e encargos, aumentando significativamente o custo final de produtos e serviços. Assim, pagar as contas em dia é uma das formas mais simples e eficazes de evitar desperdício de dinheiro. 

A pontualidade impede a aplicação de juros e multas, reduz o risco de endividamento excessivo e evita a necessidade de recorrer a um  empréstimo para cobrir outros. Além disso, manter as finanças organizadas proporciona uma visão mais clara do orçamento, facilitando o planejamento dos gastos e o alcance de metas financeiras.

Para manter o pagamento em dia, algumas medidas simples podem ser eficazes:
• Crie uma lista completa das contas: anote todas as despesas mensais para não se esquecer de nenhuma.
• Use ferramentas de gerenciamento financeiro: aplicativos e planilhas ajudam a centralizar boletos, enviar lembretes, acompanhar vencimentos e “ver” onde o dinheiro entra e sai.
• Configure débito automático: para contas fixas, garantindo o pagamento sem atrasos, mas sempre conferindo se há saldo suficiente.
• Pague com antecedência quando possível: reduzir o risco de imprevistos ou esquecimentos ajuda a manter o controle financeiro.
Seguindo essas práticas, é possível reduzir desperdícios, evitar custos extras e ter mais tranquilidade no dia a dia.

3. Assinaturas que você não usa
Você já parou para conferir o que é descontado do seu cartão todos os meses? Muitas assinaturas — streaming, música, academia, clubes, jornais, jogos digitais e afins — continuam sendo cobradas mesmo quando você não as utiliza mais. Isso acontece porque a maioria delas é renovada automaticamente, tornando fácil esquecer ou aceitar esse gasto como se fosse “normal” no orçamento.

Individualmente, cada serviço pode parecer barato, mas, juntos, eles podem pesar bastante no bolso. Para controlar melhor essas assinaturas, acompanhe as dicas:
• Mapeie o que você assina atualmente: faça uma lista de todos os serviços ativos e verifique quais você realmente usa com frequência. Pode haver plataformas que você nem lembra de ter ativado.
• Reavalie o uso X custo-benefício: pergunte a si mesmo se o serviço vale o que custa. Se você assina três streamings mas só usa um ou dois, talvez seja melhor alternar ou reduzir para planos mais simples.
• Aproveite planos promocionais ou com anúncios: muitos serviços têm versões mais baratas com anúncios ou descontos via operadoras, pacotes ou pagamentos anuais.
• Configure alertas para renovação automática: marque no calendário ou use apps para lembrar de cancelar ou rever assinaturas antes que sejam cobradas novamente.
• Divida com familiares ou amigos: algumas plataformas permitem perfis ou compartilhamento (dentro das regras), o que divide o custo e reduz o valor individual.
Revisar periodicamente as assinaturas é uma forma simples de enxugar gastos e manter o controle do orçamento. Pequenas economias mensais, somadas ao longo do ano, podem representar uma boa reserva para objetivos mais importantes.

4. Desperdício de energia
Pequenos hábitos no dia a dia podem gerar desperdício de energia elétrica e aumentar a conta no fim do mês. E ela vai ficar ainda mais pesada no bolso este ano, em que o reajuste ficará na casa dos 6,4%,  superior portanto à  inflação prevista para 2025.

Deixar luzes acesas em cômodos vazios, manter aparelhos em stand-by ou manter a geladeira aberta por muito tempo são exemplos comuns de desperdício doméstico que também impactam o meio ambiente, já que parte da eletricidade consumida ainda depende de fontes fósseis, responsáveis por emissões de gases de efeito estufa.

5. Hábitos impulsivos na hora de fazer compras
Nem toda promoção deve ser um convite para a compra. Notificações de “oferta relâmpago”, cupons e banners com frases como “só hoje” criam uma sensação de urgência difícil de resistir. Com tantos estímulos, é comum que o consumidor compre por impulso, movido mais pelo receio de perder uma oportunidade do que por uma real necessidade. Esse comportamento, conhecido como FOMO (Fear of Missing Out), faz com que gastos pequenos se acumulem e gerem desperdício de dinheiro e espaço.

Antes de clicar em “finalizar compra”, vale fazer uma pausa e refletir: “Eu preciso disso agora?” ou “Esse gasto cabe no meu orçamento?”. Pequenas perguntas ajudam a evitar arrependimentos e manter o controle financeiro.

6. Desperdício de água
Deixar a torneira pingando, lavar louça com água corrente ou tomar banhos longos parecem gestos inofensivos, mas geram um impacto expressivo na conta de água e no meio ambiente. De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), cada brasileiro consome, em média, 148,2 litros de água por dia e esse volume pode aumentar significativamente nos meses mais quentes. É um comportamento que eleva não apenas o gasto doméstico, mas também a pressão sobre os sistemas de abastecimento.

Adotar pequenos ajustes na rotina faz diferença. Por exemplo, na cozinha, vale evitar deixar a água correr enquanto se lava pratos, frutas e verduras. Retirar o excesso de resíduos antes de abrir a torneira e reutilizar a água do enxágue para regar plantas são atitudes simples que reduzem o consumo e ajudam a economizar dinheiro. O mesmo vale para a lavanderia: juntar roupas antes de usar a máquina e aproveitar a água do enxágue para lavar pisos são boas práticas de reaproveitamento.

No banheiro, é importante revisar torneiras e descargas com frequência. Um teste simples — colocar corante ou café no vaso sanitário — pode revelar vazamentos invisíveis, responsáveis por boa parte do consumo excessivo. Também ajuda fechar a torneira ao escovar os dentes, ensaboar as mãos ou fazer a barba, e preferir banhos mais curtos.

Nos quintais e jardins, a recomendação é usar regadores em vez de mangueiras, priorizando horários de menor incidência solar, como início da manhã ou fim da tarde. Pequenas trocas de hábito, somadas, preservam um recurso essencial e ajudam a manter o orçamento doméstico sob controle.

7. Transporte e delivery
A praticidade dos aplicativos de delivery e transporte tem facilitado a rotina, mas também aumenta os gastos mensais. Mesmo pedidos pequenos ou corridas curtas podem se acumular e pesar no orçamento. Uma estratégia simples é definir um limite semanal: reservar os apps para o fim de semana e optar por cozinhar em casa nos outros dias. Além de economizar, essa prática pode incentivar hábitos mais saudáveis. Sempre que possível, caminhar ou usar transporte público ajuda a reduzir os custos ainda mais.

O carro próprio é outro fator que exige atenção. Manter um automóvel envolve despesas contínuas, como combustível, manutenção, seguro, IPVA e estacionamento, além da depreciação do veículo ao longo do tempo. Para quem o utiliza pouco, é importante avaliar se o custo-benefício compensa. Reorganizar deslocamentos, compartilhar viagens ou priorizar alternativas mais econômicas pode representar uma economia significativa ao longo do ano.

8. Bets e apostas online
O hábito de apostar online tem crescido rapidamente no Brasil, mas pode gerar prejuízos para a saúde financeira. Além das perdas diretas, o comportamento impulsivo associado às apostas pode levar ao uso de recursos destinados a despesas essenciais, como alimentação e contas mensais, comprometendo o orçamento familiar. 

Pesquisas indicam que grande parte dos apostadores gasta mais do que quer, e muitos deles podem desenvolver um padrão de dependência conhecido como Transtorno do Jogo, caracterizado por dificuldade de controle, aumento da frequência ou valores apostados e tentativas de recuperar perdas.

Estabelecer um teto mensal de gastos, usar aplicativos que limitam o acesso a sites de apostas e reconhecer sinais de compulsão desde cedo são algumas das medidas para inibir o desperdício. 

Além disso, atividades alternativas, como esportes, hobbies ou eventos culturais, funcionam como válvulas de escape saudáveis e ajudam a reduzir a vulnerabilidade ao comportamento compulsivo. 

No fim das contas, o desperdício nem sempre está no valor gasto, mas na falta de propósito do gasto. Rever o que realmente faz sentido é o caminho para usar o dinheiro de forma mais inteligente.

Por: Febraban
AECambuí - Associação Empresarial de Cambuí
Agência WebSide