O simples – mas muitas vezes esquecido – hábito de lavar as mãos antes das refeições, após a utilização do banheiro ou a manipulação de dinheiro pode prevenir inúmeras doenças infecciosas. Responsáveis pela morte de mais de 13 milhões de crianças e jovens adultos por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essas enfermidades são motivo de preocupação para mais de 75% da população mundial adulta, de acordo com um novo estudo realizado pelo Conselho Global de Higiene, com mais de 18 mil adultos em 18 países.
A gripe sazonal é apontada como a maior preocupação dos entrevistados no mundo (30%), mas, no Brasil, a doença é vista como um receio para apenas 11% dos pesquisados.
Entre as principais doenças infecciosas crônicas, estão tuberculose, hepatites, malária, HIV e leishmaniose visceral. Das infecções agudas, que ocorrem em surtos, temos a dengue, com milhares de indivíduos acometidos a cada ano. Entre os problemas respiratórios, o vírus da influenza tem causado casos graves e morte principalmente nos indivíduos nos extremos de idade.
“Esse mundo é dos germes (bactérias, vírus e fungos). A gente está aqui de passagem e para servir de transporte para eles. Cerca de 90% das células do nosso corpo são germes – praticamente 3 kg”, afirma o biomédico Roberto Martins, também conhecido como Dr. Bactéria.
“Porém, grande parte (mais de 95%) é dos chamados germes do bem, porque protegem o nosso organismo. E a não ser que você fique dentro de uma bolha, todos os dias temos contato com os germes patogênicos. Por isso, é necessário ter uma série de cuidados”, ressalta.
Residência. A nossa própria casa é um dos lugares mais propensos para o contágio de doenças infecciosas. No entanto, apenas 11% dos adultos pensam que suas moradas são abrigo de tanto perigo. No Brasil, esse índice cai para 6%. Para 68% dos entrevistados pelo mundo, o transporte público seria o campeão dos lugares mais perigosos.
“Sem dúvida, o lar é onde estamos em contato íntimo com outros indivíduos e onde temos que adotar bons hábitos de higiene. Temos que preparar alimentos em local limpo, manter utensílios e roupas limpas, mas principalmente lavar as mãos com frequência”, alerta Gláucia Queiroz, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A professora Michelle Cristina Rodrigues, 27, tem uma filha de 3 anos, e já começou a ensiná-la sobre os hábitos de higienização das mãos antes das refeições, após utilizar o banheiro, além de utilizar o álcool em gel. “Não sou muito ‘neurada’ e geralmente a deixo ter contato com terra, areia e animais para criar resistência, mas depende do local. Acredito que, por isso, ela não tenha pegado muitas doenças infecciosas, apenas uma gripe quando entrou para a escola”, conta a mãe.
Casos devem aumentar ainda mais com o fluxo de pessoas
O aumento da população global, o fácil e rápido deslocamento das pessoas e o contato dos indivíduos com agentes infecciosos desconhecidos devem aumentar significativamente o número de doenças infecciosas nos próximos anos.
As melhorias na saúde da população brasileira, o controle de algumas doenças transmissíveis e a redução da mortalidade infantil ainda não são suficientes, segundo a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG Gláucia Queiroz.
“Ainda observamos grandes diferenças sociais e econômicas entre as regiões, mesmo nos grandes centros urbanos, onde a precariedade das condições de vida nos aglomerados cria um ambiente ideal para manutenção da transmissão de muitas doenças infecciosas”, afirma. Notícias da mídia Exercícios para fazer na cama ao acordar
Quando o despertador toca de manhã sempre bate a preguiça de levantar da cama. Mais 10 minutos de soneca e você já está atrasada, não é? Ao longo do dia, o pescoço começa a doer, suas costas também e você já está na terceira xícara de café. Um jeito muito fácil de evitar todos esses problemas é manter uma pequena rotina de exercícios logo que você acorda. Respiração e alongamento ajudam a despertar e dar mais energia, sabia?
"Estudos mostram que ao despertarmos pela manhã nossos músculos ficam 10% mais curtos e rígidos devido ao repouso prolongado da noite. O alongamento matinal é de grande importância, além de relaxar a musculatura e o corpo, previne dores que ao longo do dia podem ser sentidas", explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates SPa&Estética, Mariana Novaes. São 6 exercícios bem simples que levam só 5 minutos:
stretching
1. Deitada na cama retire seu travesseiro e alinhe bem sua coluna. Estique os braços e as pernas, de modo que seu corpo fique todo esticado. Entrelace suas mãos e estique-as para cima, fazendo uma tração na coluna. Repita esse movimento duas vezes por 20 segundos.
2. Deitada, dobre seus joelhos e leve em direção ao tronco, como se fosse abraçar as pernas. Mantenha por 20 segundos nessa posição e depois repita por mais uma vez.
3. Deitada, apoie seus pés na cama, flexione um pouco seu quadril e leve-o para o lado, deixando sua cabeça para o lado oposto do quadril. (Se levou o quadril para o lado direto, leve a cabeça para o lado esquerdo) Abra bem seus braços e relaxe. Faça dos dois lados, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento e repetindo duas vezes.
4. Deitada, apoie os pés na cama unindo-os calcanhar com calcanhar e abra as pernas, fazendo a famosa posição da borboleta. Mantenha na postura de alongamento durante 20 segundos repetindo 2 vezes o movimento.
5. Sentada com o corpo ereto, pegue o braço direito e leve em direção a cabeça, puxando-a para o lado direito. Você irá sentir alongar a região do músculo trapézio e a região cervical do lado contralateral. Repita esse movimento por duas vezes mantendo por 20 segundos e repita no outro lado.
6. Todos os alongamentos devem ser associados a uma respiração lenta e profunda, inspirando o ar pelo nariz e expirando pela boca auxiliando o maior relaxamento muscular. A professora e proprietária da Personal Work, Adriane Lafemina explica como fazer o exercício:
Deite com as pernas flexionadas, plantas dos pés na cama, mãos abaixo do umbigo e com a ponta dos dedos médios se tocando (se quiser junte os joelhos). Feche os olhos, inspire pelo nariz, sentindo o abdômen inchar: imagine um balão no abdômen, que se enche de ar na inspiração. Expire pelo nariz até o abdômen murchar completamente. Sinta que ao expirar o abdômen se contrai para dentro.
Não force sua respiração, nem muito rápida, nem muito profunda, apenas observe seu ritmo. Experimente deixar sua expiração um pouco mais lenta que a inspiração! Faça o exercício de três a cinco minutos.