Muitas vezes, para contar certas coisas para o médico, em uma consulta, é preciso ter coragem. O medo de ser julgado ou de causar “uma má impressão” pode fazer com que informações importantes sobre a saúde do paciente sejam omitidas.
No entanto, segundo o cardiologista Maurício Wajngarten, do Hospital Israelita Albert Einstein, esconder fatos só prejudica o paciente, que pode ter o diagnóstico dificultado ou atrasado. A seguir, ele cita algumas coisas que ainda são tabus no consultório, mas não deveriam ser.
Disfunção sexual
“A maior de todas as omissões é a disfunção sexual. As pessoas não falam e é preciso estimular isso, tanto no homem quanto na mulher”, afirma. O motivo para abrir o jogo no consultório não está ligado apenas à importância de recuperar a vida sexual saudável.
De acordo com Wajngarten, estudos mostram que a disfunção erétil é um indício de problema cardiovascular. Uma pesquisa feita na Espanha mostrou que 93% dos pacientes desse tipo de doença sofrem de dificuldades de ereção. A conclusão do levantamento foi que esse sintoma pode servir de alerta até três anos antes de a doença cardíaca ser revelada.
Depressão
Esse problema não é apenas omitido, como também é conscientemente disfarçado por parte de muitos pacientes. Por vergonha, medo ou por não achar importante, as pessoas podem deixar de contar para o médico sobre suas tristezas, alterações de humor, culpa, irritabilidade e outros indícios de depressão. Mal sabem elas que isso está ligado a doenças cardiovasculares e pode ser importante na prevenção desses problemas.
Segundo Wajngarten, além de a depressão afetar negativamente os hábitos saudáveis dos pacientes, ela tem um efeito fisiológico nocivo ao organismo, que a transforma em fator de risco para doenças do coração.
Fórmulas para emagrecer
Desde remédios que auxiliam no emagrecimento até dietas para perder alguns quilinhos devem ser informadas, mesmo que o especialista não seja um nutrólogo. Isso porque tratamentos não acompanhados podem ter efeitos colaterais, causar alterações nos exames e confundir o diagnóstico de outras doenças.
Anabolizantes
De acordo com Wajngarten, outra grande omissão dentro dos consultórios é o uso de anabolizantes. Como a venda de substâncias como essas é ilegal e as consequências nocivas ao organismo não são um mistério para grande parte do público, os usuários de esteroides costumam esconder isso dos médicos.
Entre os danos causados por essas drogas, estão problemas no fígado, no sistema cardiovascular, acne, aumento de colesterol e pressão sanguínea. “Ao não falar, a pessoa perde a oportunidade de ser auxiliada”, diz.
Tratamentos alternativos
Os remédios naturais, usados com frequência em tratamentos “alternativos”, costumam ser esquecidos pelos pacientes na hora de se consultar. Isso é induzido pela crença errônea de que tudo que é natural não faz mal. Wajngarten dá o exemplo do Ginkgo Biloba, muito usado como intensificador de memória, há alguns anos.
Sem provas concretas desse efeito, a substância interage com anticoagulantes e pode, em uma cirurgia, facilitar o sangramento do paciente. Por isso, o médico do Hospital Israelita Albert Einstein, afirma que qualquer tipo de medicamento – de origens “tradicionais” ou não – deve ser informado na consulta. Só assim, o especialista terá mais elementos para fazer o diagnóstico.
Notícias da mídia Exercícios para fazer na cama ao acordar
Quando o despertador toca de manhã sempre bate a preguiça de levantar da cama. Mais 10 minutos de soneca e você já está atrasada, não é? Ao longo do dia, o pescoço começa a doer, suas costas também e você já está na terceira xícara de café. Um jeito muito fácil de evitar todos esses problemas é manter uma pequena rotina de exercícios logo que você acorda. Respiração e alongamento ajudam a despertar e dar mais energia, sabia?
"Estudos mostram que ao despertarmos pela manhã nossos músculos ficam 10% mais curtos e rígidos devido ao repouso prolongado da noite. O alongamento matinal é de grande importância, além de relaxar a musculatura e o corpo, previne dores que ao longo do dia podem ser sentidas", explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates SPa&Estética, Mariana Novaes. São 6 exercícios bem simples que levam só 5 minutos:
stretching
1. Deitada na cama retire seu travesseiro e alinhe bem sua coluna. Estique os braços e as pernas, de modo que seu corpo fique todo esticado. Entrelace suas mãos e estique-as para cima, fazendo uma tração na coluna. Repita esse movimento duas vezes por 20 segundos.
2. Deitada, dobre seus joelhos e leve em direção ao tronco, como se fosse abraçar as pernas. Mantenha por 20 segundos nessa posição e depois repita por mais uma vez.
3. Deitada, apoie seus pés na cama, flexione um pouco seu quadril e leve-o para o lado, deixando sua cabeça para o lado oposto do quadril. (Se levou o quadril para o lado direto, leve a cabeça para o lado esquerdo) Abra bem seus braços e relaxe. Faça dos dois lados, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento e repetindo duas vezes.
4. Deitada, apoie os pés na cama unindo-os calcanhar com calcanhar e abra as pernas, fazendo a famosa posição da borboleta. Mantenha na postura de alongamento durante 20 segundos repetindo 2 vezes o movimento.
5. Sentada com o corpo ereto, pegue o braço direito e leve em direção a cabeça, puxando-a para o lado direito. Você irá sentir alongar a região do músculo trapézio e a região cervical do lado contralateral. Repita esse movimento por duas vezes mantendo por 20 segundos e repita no outro lado.
6. Todos os alongamentos devem ser associados a uma respiração lenta e profunda, inspirando o ar pelo nariz e expirando pela boca auxiliando o maior relaxamento muscular. A professora e proprietária da Personal Work, Adriane Lafemina explica como fazer o exercício:
Deite com as pernas flexionadas, plantas dos pés na cama, mãos abaixo do umbigo e com a ponta dos dedos médios se tocando (se quiser junte os joelhos). Feche os olhos, inspire pelo nariz, sentindo o abdômen inchar: imagine um balão no abdômen, que se enche de ar na inspiração. Expire pelo nariz até o abdômen murchar completamente. Sinta que ao expirar o abdômen se contrai para dentro.
Não force sua respiração, nem muito rápida, nem muito profunda, apenas observe seu ritmo. Experimente deixar sua expiração um pouco mais lenta que a inspiração! Faça o exercício de três a cinco minutos.