Muitas vezes deixados de lado por médicos e pacientes, os triglicérides podem se tornar mais um marcador de risco de doenças cardiovasculares e ter um peso tão importante quanto o colesterol na prevenção de um acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo.
É o que aponta um estudo dinamarquês que concluiu que ter no sangue altos níveis de triglicérides em jejum é tão perigoso quanto o colesterol elevado. A descoberta indica que os triglicérides aumentados elevam os riscos de um AVC isquêmico – em que há o entupimento do vaso por causa do depósito de placas de gordura, que bloqueiam sangue.
Os triglicérides são partículas presentes em alimentos calóricos, como bolachas, bolos, massas, enlatados e frutos do mar. Cerca de 80% dos triglicérides são resultado da alimentação e, por isso, podem ser tratados apenas com dieta balanceada.
O colesterol, ao contrário, é produzido em boa parte pelo organismo e, para baixá-lo, é necessário fazer uso de medicação. Os pesquisadores acompanharam 7.579 mulheres e 6.372 homens – todos mediram os níveis de triglicérides em jejum e de colesterol logo no início do estudo (1976-1978). Eles foram acompanhados por até 33 anos.
Nesse período, 837 mulheres e 837 homens tiveram AVC isquêmico. Segundo os pesquisadores, os resultados demonstram que o gradual aumento dos níveis de triglicérides foi associado ao maior risco de sofrer um AVC. As conclusões foram publicadas na Annals of Neurology.
Nas mulheres, níveis acima de 442 mg/dl indicaram um risco 3,9 vezes maior de ter o problema em comparação a níveis normais. Em homens, o risco variou de 1,2 a 2,3, respectivamente. “As diretrizes atuais de prevenção de AVC trazem recomendações sobre os níveis de colesterol desejáveis, mas não citam os níveis desejáveis de triglicérides”, afirma Marianne Benn, autora do estudo.
A pesquisa constatou que os níveis elevados de triglicérides em jejum indicam que há altos níveis de resíduos de lipoproteínas no sangue – partículas semelhantes ao LDL (mau colesterol).
Essas partículas são minúsculas e densas, o que facilita que sejam incorporadas para dentro da parede interna dos vasos, provocando um quadro crônico de inflamação estimulando o crescimento de placas de gordura.
“Quando essas partículas estão em excesso, elas favorecem a infiltração para dentro do vaso sanguíneo. Até então, essa era uma prerrogativa bem estabelecida para o colesterol e agora passa a ser também para os triglicérides”, diz o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, coordenador do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese.
“Antes, havia uma suspeita de que só as partículas de LDL aderiam à parede da artéria e o estudo demonstrou o oposto”, diz a neurocirurgiã Julieta Gonçalves Silva, da Unifesp. Segundo Julieta, a suspeita de que níveis altos de triglicérides também eram prejudiciais sempre existiu, mas apenas agora, com esse estudo, é que as suspeitas foram confirmadas.
“Cabe aos neurologistas e cardiologistas ficarem atentos durante os exames de check-up para tratar os pacientes preventivamente.”
(Fernanda Bassete) Notícias da mídia Exercícios para fazer na cama ao acordar
Quando o despertador toca de manhã sempre bate a preguiça de levantar da cama. Mais 10 minutos de soneca e você já está atrasada, não é? Ao longo do dia, o pescoço começa a doer, suas costas também e você já está na terceira xícara de café. Um jeito muito fácil de evitar todos esses problemas é manter uma pequena rotina de exercícios logo que você acorda. Respiração e alongamento ajudam a despertar e dar mais energia, sabia?
"Estudos mostram que ao despertarmos pela manhã nossos músculos ficam 10% mais curtos e rígidos devido ao repouso prolongado da noite. O alongamento matinal é de grande importância, além de relaxar a musculatura e o corpo, previne dores que ao longo do dia podem ser sentidas", explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates SPa&Estética, Mariana Novaes. São 6 exercícios bem simples que levam só 5 minutos:
stretching
1. Deitada na cama retire seu travesseiro e alinhe bem sua coluna. Estique os braços e as pernas, de modo que seu corpo fique todo esticado. Entrelace suas mãos e estique-as para cima, fazendo uma tração na coluna. Repita esse movimento duas vezes por 20 segundos.
2. Deitada, dobre seus joelhos e leve em direção ao tronco, como se fosse abraçar as pernas. Mantenha por 20 segundos nessa posição e depois repita por mais uma vez.
3. Deitada, apoie seus pés na cama, flexione um pouco seu quadril e leve-o para o lado, deixando sua cabeça para o lado oposto do quadril. (Se levou o quadril para o lado direto, leve a cabeça para o lado esquerdo) Abra bem seus braços e relaxe. Faça dos dois lados, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento e repetindo duas vezes.
4. Deitada, apoie os pés na cama unindo-os calcanhar com calcanhar e abra as pernas, fazendo a famosa posição da borboleta. Mantenha na postura de alongamento durante 20 segundos repetindo 2 vezes o movimento.
5. Sentada com o corpo ereto, pegue o braço direito e leve em direção a cabeça, puxando-a para o lado direito. Você irá sentir alongar a região do músculo trapézio e a região cervical do lado contralateral. Repita esse movimento por duas vezes mantendo por 20 segundos e repita no outro lado.
6. Todos os alongamentos devem ser associados a uma respiração lenta e profunda, inspirando o ar pelo nariz e expirando pela boca auxiliando o maior relaxamento muscular. A professora e proprietária da Personal Work, Adriane Lafemina explica como fazer o exercício:
Deite com as pernas flexionadas, plantas dos pés na cama, mãos abaixo do umbigo e com a ponta dos dedos médios se tocando (se quiser junte os joelhos). Feche os olhos, inspire pelo nariz, sentindo o abdômen inchar: imagine um balão no abdômen, que se enche de ar na inspiração. Expire pelo nariz até o abdômen murchar completamente. Sinta que ao expirar o abdômen se contrai para dentro.
Não force sua respiração, nem muito rápida, nem muito profunda, apenas observe seu ritmo. Experimente deixar sua expiração um pouco mais lenta que a inspiração! Faça o exercício de três a cinco minutos.