As estatísticas sobre desperdício de alimentos apavoram. Não só pelos números impressionantes, mas por gerar uma sensação de impotência que paraliza e desmotiva. Você se sente sem escapatória, quase irrelevante. A comunicação a respeito de melhorar sua atitude foca na compra, sugerindo evitar sobras e focar na refeição individual. Com resultados perversos.
Na feira de rua, a demanda por pescados pequenos, até mesmo mono-porção, transformou as bancas em verdadeiras vitrines do saque dos oceanos: pargos e linguados de 20 centímetros são vendidos impunemente. Já nos supermercados, a obsessão por fracionados e porcionados faz com que o carrinho de compras médio carregue mais embalagem descartável do que comida.
Pode parecer um paradoxo, mas para reduzir o desperdício, um caminho é o de gerar sobras
Pode parecer um paradoxo, mas para reduzir o desperdício, um caminho é o de gerar sobras Foto: Tiago Queiroz/Estadão
O consumidor bem intencionado fica perdido, e reproduz em sua cozinha as mesmas mazelas. A quantidade de energia necessária para cozinhar 50 gramas de arroz é basicamente a mesma daquela para cozinhar um quilo. Assim pode facilmente multiplicar por vinte o impacto ambiental, e econômico, daquele cozimento.
Como acontece frequentemente, a arte culinária traz as respostas mais sábias e consistentes. Em vez de pensar em sobras, pense em ingredientes pré-cozidos. A melhor maneira de planejar e otimizar suas compras, assim como seu preparo de cozinha, é gerar sobras intencionalmente, já pensando em tudo aquilo que você vai poder fazer com o que antes apelidava de excesso.
Criar e usar sobras torna sua cozinha mais rápida, criativa, gostosa e econômica. Se preparar o dobro de vegetais refogados do que realmente vai comer, terá pronta uma base para uma ótima massa ou arroz nos próximos dias.
Se assar um frango inteiro, além do frango ficar mais suculento, terá recortes para deliciosos lanches e sanduíches que vão dispensar a compra de algum embutido industrializado. O mesmo no caso de um peixe, cujos restos poderão ser incorporados a uma gulosa maionese.
Muitos podem cozinhar em casa apenas para o jantar: bem, sobras planejadas podem garantir almoços atrativos e econômicos para levar ao trabalho. Já restos menores podem se tornar ótimas bases prontas para molhos, tortas, omeletes, tapiocas.
Ah, sim... lembremos que aquelas comidas que ficam nas modinhas do momento, como hamburguer, poke, ramen, etc., não passam de aproveitamento de sobras. E fazem sentido como tais. Aparas e talos de vegetais parecem inúteis, em pequena quantia. Mas estocados no freezer até ganhar diversidade e volume, geram caldos capazes de dar um toque em qualquer prato.
Sobras de churrasco ou fragmentos de queijo dão lugar às melhores saladas. Eu já cheguei a fazer risoto só para deixá-lo para o dia seguinte e transformá-lo em riso al salto – aquele maravilhoso disco crocante, e cremoso dentro, só ligado por seu próprio amido.
As cozinhas dos países que são referência na gastronomia - como Espanha, Itália e França - têm no uso do pão amanhecido um ingrediente fundamental. Cozinhar com sobras é divertido, amplia o leque da criatividade de forma instigante. Não por acaso é atividade preferida da maioria dos grandes chefs que conheci. E pode parecer um paradoxo, mas para reduzir o desperdício, um caminho é gerar sobras.
(Roberto Smeraldi) Notícias da mídia Exercícios para fazer na cama ao acordar
Quando o despertador toca de manhã sempre bate a preguiça de levantar da cama. Mais 10 minutos de soneca e você já está atrasada, não é? Ao longo do dia, o pescoço começa a doer, suas costas também e você já está na terceira xícara de café. Um jeito muito fácil de evitar todos esses problemas é manter uma pequena rotina de exercícios logo que você acorda. Respiração e alongamento ajudam a despertar e dar mais energia, sabia?
"Estudos mostram que ao despertarmos pela manhã nossos músculos ficam 10% mais curtos e rígidos devido ao repouso prolongado da noite. O alongamento matinal é de grande importância, além de relaxar a musculatura e o corpo, previne dores que ao longo do dia podem ser sentidas", explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates SPa&Estética, Mariana Novaes. São 6 exercícios bem simples que levam só 5 minutos:
stretching
1. Deitada na cama retire seu travesseiro e alinhe bem sua coluna. Estique os braços e as pernas, de modo que seu corpo fique todo esticado. Entrelace suas mãos e estique-as para cima, fazendo uma tração na coluna. Repita esse movimento duas vezes por 20 segundos.
2. Deitada, dobre seus joelhos e leve em direção ao tronco, como se fosse abraçar as pernas. Mantenha por 20 segundos nessa posição e depois repita por mais uma vez.
3. Deitada, apoie seus pés na cama, flexione um pouco seu quadril e leve-o para o lado, deixando sua cabeça para o lado oposto do quadril. (Se levou o quadril para o lado direto, leve a cabeça para o lado esquerdo) Abra bem seus braços e relaxe. Faça dos dois lados, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento e repetindo duas vezes.
4. Deitada, apoie os pés na cama unindo-os calcanhar com calcanhar e abra as pernas, fazendo a famosa posição da borboleta. Mantenha na postura de alongamento durante 20 segundos repetindo 2 vezes o movimento.
5. Sentada com o corpo ereto, pegue o braço direito e leve em direção a cabeça, puxando-a para o lado direito. Você irá sentir alongar a região do músculo trapézio e a região cervical do lado contralateral. Repita esse movimento por duas vezes mantendo por 20 segundos e repita no outro lado.
6. Todos os alongamentos devem ser associados a uma respiração lenta e profunda, inspirando o ar pelo nariz e expirando pela boca auxiliando o maior relaxamento muscular. A professora e proprietária da Personal Work, Adriane Lafemina explica como fazer o exercício:
Deite com as pernas flexionadas, plantas dos pés na cama, mãos abaixo do umbigo e com a ponta dos dedos médios se tocando (se quiser junte os joelhos). Feche os olhos, inspire pelo nariz, sentindo o abdômen inchar: imagine um balão no abdômen, que se enche de ar na inspiração. Expire pelo nariz até o abdômen murchar completamente. Sinta que ao expirar o abdômen se contrai para dentro.
Não force sua respiração, nem muito rápida, nem muito profunda, apenas observe seu ritmo. Experimente deixar sua expiração um pouco mais lenta que a inspiração! Faça o exercício de três a cinco minutos.