A ansiedade apresenta-se em diferentes intensidades e certa dose dela é fundamental para a nossa existência. Primeiro porque ela é responsável pelo nosso instinto de preservação, isto é, diante de uma situação de perigo, é um certo quantum de ansiedade que nos levará a buscar modos de proteção.
Em segundo lugar é também uma dose de ansiedade que nos impulsiona para a vida, a buscar os resultados para conseguirmos atingir os nossos objetivos, a construção de projetos e, sendo assim, ao crescimento pessoal nos mais variados setores.
No entanto, quando nos referimos a ansiedade como um transtorno, entendemos que há um exagero na dose. É como se a psique fornecesse uma quantidade que transborda e, por isso, as sensações físicas e psíquicas são estranhas.
O que em seguida assistimos é um modo de funcionar emocionalmente que traz prejuízos pela forma como ela invade o corpo. Na maioria das vezes, a ansiedade patológica aparece com sintomas corporais, como por exemplo sudorese, taquicardia, dormência nas extremidades do corpo ou também através dos sintomas psicossomáticos, entre eles, problemas gástricos, intestinais...
Temos a versão da ansiedade que se apresenta através de uma preocupação crônica, isto é, o ansioso nunca está no tempo presente. Uma característica de quem experimenta esse sintoma é sofrer por antecipação. Ainda é possível viver esse excesso de ansiedade através de pensamentos confusos que muitas vezes deixam o individuo que sofre com uma sensação de estar desconectado do que acontece a sua volta.
Hoje entendemos que é necessário um conjunto de ações para aprender a lidar com esse modo de funcionar e transformar essa energia destrutiva em um combustível a favor da qualidade de vida.
A psicanálise é fundamental para que se possa ressignificar aspectos da história primitiva desse indivíduo que sofre através da neurose de angústia e ansiedade. Poderíamos pensar aqui nas experiências iniciais da vida da mãe com o bebê e nas marcas deixadas desse encontro. É preciso também olhar para os recursos que podem ajudar (no aqui e agora) na reestruturação desse corpo, possivelmente marcado por um certo desamparo. Vamos as dicas
1 - Aprender a respirar.
A respiração traz você para o presente. Promove a consciência e, sendo assim, o afasta dos fantasmas que paralisam o seu modo de funcionar. Por meio da respiração você encontra o centro de si mesmo.
2 - O exercício da meditação.
Aprenda a lidar com o estresse, a olhar mais para os acontecimentos reais do corpo e, dessa maneira, você é levado a conhecê-lo melhor, diminuindo o medo das experiências corporais e psicossomáticas.
3 - Atividade Física.
Ela eleva a produção de serotonina e a sensação de prazer. O exercício proporciona um reconhecimento da potência do corpo. É importante para a pessoa ansiosa escolher atividades que fortaleçam as pernas e que promovam o equilíbrio, porque as experiências que passam pelo corpo podem reorganizar as experiências traumáticas iniciais da vida.
Na experiência de análise é possível perceber que a maioria dos que chegam com sintomas de angústia e ansiedade passaram por uma experiência na infância de não ter sido acolhida, isto é, esse corpo não teve um contorno e o que ficou foi a sensação de cair, sucumbir. É importante marcar aqui que não se trata de pais que não são amorosos. Estamos falando de pais que não conseguem amparar por conta também das suas próprias questões emocionais e relacionais.
4 - O ato de brincar.
É notório o aumento no número de crianças que chegam à clínica com ansiedade. Estamos cada vez mais perdendo a capacidade de brincar, e isso acontece desde muito cedo. Somos postos em uma sociedade que privilegia o sucesso a qualquer custo e despreza o humor, a leveza e a riqueza que há no infantil que carregamos dentro de nós a vida toda.
Ainda incita a competição desenfreada que acaba refletindo nas escolhas das crianças: o maior exemplo são os jogos de performance e os videogames.
5 - Relacionamentos atóxicos.
Escolher estar com pessoas que fazem bem, ccom quem você se sente parte e acolhido.
6 - Ócio produtivo.
Deixar-se perder tempo, isto é, entender que o corpo precisa também desse espaço de calmaria e de contemplação. Nos distanciamos muito da natureza e esquecemos que somos parte dela.
7 - Modular projetos de trabalho eou estudo.
Muitas vezes somos tomados por um excesso, que de fato é da ordem do insuportável, e estamos sempre presos à ideia de uma produção para um futuro que nunca chega. O ansioso vive uma busca constante: há sempre algo a ser feito, uma falha a ser corrigida, um tornar-se a ser. Parece uma dívida eterna consigo mesmo.
8 - Dormir.
É bom evitar nesse momento refazer a agenda mental do dia seguinte, da semana, do mês, do ano, da vida! Evite os celulares e, mais do que isso, evite distrair-se com o mundo que há dentro dele. É preciso aprender a se entregar à hora de dormir. Um bom banho, acompanhado de um chá e de uma boa música podem funcionar como uma mãe acolhedora e calorosa.
9 - Espaço Terapêutico.
É preciso recordar e reelaborar os aspectos psíquicos que provocam a ansiedade. A possibilidade de cura passa pela possibilidade de se chegar ao trauma. A escolha do sintoma não é aleatória e remete ao desenvolvimento emocional e relacional nos primeiros anos de vida. Por meio da análise podemos aprender a lidar com os pais construídos dentro de nós e, dessa forma, ressignificar o nosso modo de existir agora como adultos, cuidando de nós mesmos.
10 - Medicina.
Dependendo do nível de ansiedade pelo qual você esteja passando, por exemplo, se tem um Transtorno de Ansiedade Generalizada, que esteja paralisando a sua vida, é preciso recorrer aos medicamentos durante um período. Até mesmo para que todas as experiências descritas acima tornem-se possíveis.
* Monica Donetto Guedes é psicanalista Notícias da mídia Exercícios para fazer na cama ao acordar
Quando o despertador toca de manhã sempre bate a preguiça de levantar da cama. Mais 10 minutos de soneca e você já está atrasada, não é? Ao longo do dia, o pescoço começa a doer, suas costas também e você já está na terceira xícara de café. Um jeito muito fácil de evitar todos esses problemas é manter uma pequena rotina de exercícios logo que você acorda. Respiração e alongamento ajudam a despertar e dar mais energia, sabia?
"Estudos mostram que ao despertarmos pela manhã nossos músculos ficam 10% mais curtos e rígidos devido ao repouso prolongado da noite. O alongamento matinal é de grande importância, além de relaxar a musculatura e o corpo, previne dores que ao longo do dia podem ser sentidas", explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates SPa&Estética, Mariana Novaes. São 6 exercícios bem simples que levam só 5 minutos:
stretching
1. Deitada na cama retire seu travesseiro e alinhe bem sua coluna. Estique os braços e as pernas, de modo que seu corpo fique todo esticado. Entrelace suas mãos e estique-as para cima, fazendo uma tração na coluna. Repita esse movimento duas vezes por 20 segundos.
2. Deitada, dobre seus joelhos e leve em direção ao tronco, como se fosse abraçar as pernas. Mantenha por 20 segundos nessa posição e depois repita por mais uma vez.
3. Deitada, apoie seus pés na cama, flexione um pouco seu quadril e leve-o para o lado, deixando sua cabeça para o lado oposto do quadril. (Se levou o quadril para o lado direto, leve a cabeça para o lado esquerdo) Abra bem seus braços e relaxe. Faça dos dois lados, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento e repetindo duas vezes.
4. Deitada, apoie os pés na cama unindo-os calcanhar com calcanhar e abra as pernas, fazendo a famosa posição da borboleta. Mantenha na postura de alongamento durante 20 segundos repetindo 2 vezes o movimento.
5. Sentada com o corpo ereto, pegue o braço direito e leve em direção a cabeça, puxando-a para o lado direito. Você irá sentir alongar a região do músculo trapézio e a região cervical do lado contralateral. Repita esse movimento por duas vezes mantendo por 20 segundos e repita no outro lado.
6. Todos os alongamentos devem ser associados a uma respiração lenta e profunda, inspirando o ar pelo nariz e expirando pela boca auxiliando o maior relaxamento muscular. A professora e proprietária da Personal Work, Adriane Lafemina explica como fazer o exercício:
Deite com as pernas flexionadas, plantas dos pés na cama, mãos abaixo do umbigo e com a ponta dos dedos médios se tocando (se quiser junte os joelhos). Feche os olhos, inspire pelo nariz, sentindo o abdômen inchar: imagine um balão no abdômen, que se enche de ar na inspiração. Expire pelo nariz até o abdômen murchar completamente. Sinta que ao expirar o abdômen se contrai para dentro.
Não force sua respiração, nem muito rápida, nem muito profunda, apenas observe seu ritmo. Experimente deixar sua expiração um pouco mais lenta que a inspiração! Faça o exercício de três a cinco minutos.