Apesar de ser simples e custar pouco, o hábito de lavar as mãos não faz parte da rotina de boa parte da população. Prova disso é a pesquisa feita em 2015 pelo IBOPE Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). O estudo ouviu 1.022 brasileiros e revelou que 27% da população não tem o costume de lavar as mãos com sabonete após ir ao banheiro. Resultado: se encostar onde elas tocaram, suas mãos podem ficar contaminadas.
A seguir, reunimos cinco descobertas sobre a importância e os cuidados certos na hora de lavar as mãos.
Os focos de contaminação
Segundo o biomédico Roberto Figueiredo, que ficou conhecido como Dr. Bactéria pela sua participação em programas de TV, elas devem ser lavadas sempre que entrarem em contato com possíveis focos de contaminação, antes de manipular alimentos e das refeições.
“O mais importante é incorporar à sua rotina o hábito de lavar as mãos sempre que chegar da rua, já que em ambientes públicos o risco de contato com bactérias e vírus é enorme”, ele alerta. “Testes realizados por pesquisadores detectaram a presença de E. coli, urina, muco, fezes e sangue no corrimão de escadas rolantes e de ônibus.
Um estudo realizado pela pesquisadora Maite Muniesa, membro do Departamento de Microbiologia da Universidade de Barcelona (UB), mostrou que as telas de smartphones podem conter até 600 bactérias, 30 vezes mais do que em um vaso sanitário. Outro dado alarmante: uma única gotícula de espirro pode transmitir de 100 mil a 1 milhão de vírus. Ou seja: cumprimentou alguém que espirrou, lave bem suas mãos.”
Um hábito que pode salvar vidas
Não, não é exagero. Lavar as mãos com frequência pode salvar não só a sua vida, como também a das pessoas ao seu redor. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), incorporar esse costume à sua rotina pode reduzir em até 40% a incidência de doenças infecciosas.
“Durante o dia, tocamos em diversas superfícies contaminadas, muitas vezes sem perceber. E a mão, quente e úmida, é um ambiente favorável para o desenvolvimento, a proliferação e a transmissão de infecções virais, bacterianas e parasitárias”, explica o médico-infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Por isso, se não for higienizada da forma correta e esses agentes infecciosos entrarem em contato com as mucosas, seja coçando os olhos, o nariz ou até passando os dedos pelos lábios, há o risco de desenvolver diversos tipos de doenças, como resfriados, gripes, intoxicação alimentar, hepatite A, sarampo, rubéola, conjuntivite, caxumba, mononucleose e parasitoses intestinais.” Ele lembra também que as infecções respiratórias são transmitidas com mais frequência pelas mãos do que pela inspiração de ar contaminado.
O kit limpeza
Só passar água nas mãos não é o suficiente para limpá-las. “É importante usar sabonete para higienizá-las adequadamente”, alerta a infectologista Carla Sakuma, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e coordenadora do Comitê de Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS).
O sabonete contém detergente em sua formulação, que remove as bactérias. E tem ainda substâncias hidratantes e aromáticas que deixam as mãos mais macias e perfumadas, proporcionando também bem-estar.
Trinta segundos valiosos
Segundo a Dra. Carla, para eliminar todas as bactérias, a lavagem das mãos deve durar cerca de trinta segundos. “Geralmente, as pessoas se dedicam principalmente à limpeza das palmas e das costas, e dão pouca atenção a outros locais que também acumulam agentes infecciosos, como os punhos, a região entre os dedos e os polegares. Eles também precisam ser bem lavados”, alerta a médica.
Para não correr o risco de deixar algum lugar com sujeira acumulada, o Dr. Bactéria explica o passo a passo para deixar as mãos limpas de verdade:
Retire todos os acessórios, como anéis, relógio, pulseiras etc.
Molhe as mãos.
Passe o sabonete nas palmas das mãos.
Esfregue-as uma na outra.
Entrelace os dedos e deslize-os.
Esfregue o dorso da mão esquerda na direita, e o dorso da direita na esquerda.
Esfregue, com movimentos circulares, as pontas dos dedos da mão esquerda na palma da mão direita, e vice-versa.
Feche a mão direita e esfregue-a na palma da mão esquerda, em movimentos de vai-e-vem. Repita com a outra mão.
Esfregue a mão direita no pulso da mão esquerda e vice-versa.
Enxague bem, deixando que a água escorra das pontas dos dedos em direção ao pulso.
Enxugue as mãos.
Por fim, a Dra. Carla faz um alerta para as mulheres que gostam de manter as unhas compridas. O espaço abaixo das unhas é um importante abrigo para as bactérias. Mantenha o local limpo.
No banheiro público
Segundo o Dr. Bactéria, o ideal é que o banheiro público tenha torneiras automáticas, que possam ser acionadas sem precisar encostar. Caso seja manual, use um papel toalha para abri-la e fechá-la. E na hora de secar as mãos, o que é melhor: aqueles secadores de ar quente ou papel toalha?
“Papel toalha”, responde o especialista. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, publicado na revista Journal of Hospital Infection, revelou que existem 27 vezes mais bactérias ao redor dos secadores do que dos toalheiros.
“Na verdade, esses aparelhos atuam como difusores dos microrganismos concentrados no ar do banheiro”, ele afirma. “Por fim, na hora de sair, use novamente o papel toalha para segurar a maçaneta da porta.”
Notícias da mídia Exercícios para fazer na cama ao acordar
Quando o despertador toca de manhã sempre bate a preguiça de levantar da cama. Mais 10 minutos de soneca e você já está atrasada, não é? Ao longo do dia, o pescoço começa a doer, suas costas também e você já está na terceira xícara de café. Um jeito muito fácil de evitar todos esses problemas é manter uma pequena rotina de exercícios logo que você acorda. Respiração e alongamento ajudam a despertar e dar mais energia, sabia?
"Estudos mostram que ao despertarmos pela manhã nossos músculos ficam 10% mais curtos e rígidos devido ao repouso prolongado da noite. O alongamento matinal é de grande importância, além de relaxar a musculatura e o corpo, previne dores que ao longo do dia podem ser sentidas", explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates SPa&Estética, Mariana Novaes. São 6 exercícios bem simples que levam só 5 minutos:
stretching
1. Deitada na cama retire seu travesseiro e alinhe bem sua coluna. Estique os braços e as pernas, de modo que seu corpo fique todo esticado. Entrelace suas mãos e estique-as para cima, fazendo uma tração na coluna. Repita esse movimento duas vezes por 20 segundos.
2. Deitada, dobre seus joelhos e leve em direção ao tronco, como se fosse abraçar as pernas. Mantenha por 20 segundos nessa posição e depois repita por mais uma vez.
3. Deitada, apoie seus pés na cama, flexione um pouco seu quadril e leve-o para o lado, deixando sua cabeça para o lado oposto do quadril. (Se levou o quadril para o lado direto, leve a cabeça para o lado esquerdo) Abra bem seus braços e relaxe. Faça dos dois lados, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento e repetindo duas vezes.
4. Deitada, apoie os pés na cama unindo-os calcanhar com calcanhar e abra as pernas, fazendo a famosa posição da borboleta. Mantenha na postura de alongamento durante 20 segundos repetindo 2 vezes o movimento.
5. Sentada com o corpo ereto, pegue o braço direito e leve em direção a cabeça, puxando-a para o lado direito. Você irá sentir alongar a região do músculo trapézio e a região cervical do lado contralateral. Repita esse movimento por duas vezes mantendo por 20 segundos e repita no outro lado.
6. Todos os alongamentos devem ser associados a uma respiração lenta e profunda, inspirando o ar pelo nariz e expirando pela boca auxiliando o maior relaxamento muscular. A professora e proprietária da Personal Work, Adriane Lafemina explica como fazer o exercício:
Deite com as pernas flexionadas, plantas dos pés na cama, mãos abaixo do umbigo e com a ponta dos dedos médios se tocando (se quiser junte os joelhos). Feche os olhos, inspire pelo nariz, sentindo o abdômen inchar: imagine um balão no abdômen, que se enche de ar na inspiração. Expire pelo nariz até o abdômen murchar completamente. Sinta que ao expirar o abdômen se contrai para dentro.
Não force sua respiração, nem muito rápida, nem muito profunda, apenas observe seu ritmo. Experimente deixar sua expiração um pouco mais lenta que a inspiração! Faça o exercício de três a cinco minutos.