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Conselhos Úteis



Publicado em: 22/02/2016

Ressentimento é uma blusa velha e piniquenta que você não consegue jogar fora – porque, se jogar, como vai se esquentar? É parte da natureza humana: quase todo mundo guarda rancor.

Não é fácil libertar-se de ressentimentos que crescem a ponto de quase ganhar vida própria. Mas o alívio e a leveza que você vai sentir valem a pena. Abaixo, terapeutas explicam como os ressentimentos te prejudicam, e dão um passo-a-passo para deixar os rancores para trás.

Os imperdoáveis

O parceiro infiel, o pai ou mãe que não eram atenciosos, o ex-melhor amigo que te rejeitou. O bully do trabalho, o criminoso, até você mesmo, quando era jovem. A mágoa é real. E agora?

Depois de uma infidelidade, o ímpeto de se proteger da dor é normal, diz Jeff Harris, gerente do programa de assistência a funcionários da Universidade do Sul da Califórnia.

“Reconhecemos que fomos magoados e estamos impotentes e vulneráveis”, diz Harris, conselheiro licenciado para casais, famílias e crianças. “Não gostamos dessa vulnerabilidade, e tudo bem – isso faz parte da natureza adaptável do ser humano.”

Guardar um ressentimento pode ser uma “moeda de troca” que um dos parceiros pode usar a qualquer momento no relacionamento, diz Harris. “Não venha reclamar de mim – lembra daquela vez...?”

Mas manter o parceiro à distância por causa de uma desconfiança impede que o relacionamento se aprofunde, afirma Harris, mesmo quando um parceiro se desculpa e muda o comportamento.

Às vezes a desculpa nunca vem, é claro. Neste caso, é como uma “cicatriz” se formasse, diz Nancy Colier, psicoterapeuta e guia espiritual de Nova York.

“Podemos mostrar isso para os outros: ‘Fui injustiçada e estou com raiva’. É uma maneira de conseguir um pouco de afeto”, diz Colier. “Mas, em vez de uma expressão autêntica de afeto, isso se sedimenta na nossa identidade de alguém que foi injustiçado.”

Ressentimentos podem ser corrosivos para nossa saúde física e mental. Ficar preso num estado de raiva faz com que o corpo opere no modo luta ou fuga, explica Karen Swartz, psiquiatra da Universidade Johns Hopkins, em um artigo de julho de 2014 sobre o poder curador do perdão.

Hormônios liberados no sangue podem aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca. E o estado mental negativo e desconfiado pode afetar outros relacionamentos.

Os passos para deixar para lá

Ressentimentos levam tempo para crescer, e livrar-se deles é um processo. Você pode seguir esses passos por conta própria ou com a ajuda de um terapeuta.

1. Reconheça a mágoa. Você foi injustiçado, e isso é real. Descrever o que aconteceu e como você se sentiu é um começo – seja escrevendo um diário ou uma carta que você nunca vai enviar para a pessoa que te magoou. Contar essas verdades pode ser “um processo incrivelmente poderoso, quando você coloca os responsáveis numa cadeira imaginária e expressa sua raiva”, diz Colier.

E Harris aconselha: “Dê-se crédito pelo que você fez para tentar lidar com a ofensa original”.

2. Perdoe. Perdoar alguém que te magoou é um presente que você dá para si mesmo. Isso não significa que você tem de esquecer a ofensa.

Não se trata de fazer a outra pessoa agir de forma diferente. Pode ser até mesmo perdoar-se a si mesmo por algo que você tenha feito.

3. Entenda que perdoar não significa concordar. “Aceitação não significa concordância”, diz Harris. “As pessoas podem ter um bom senso de justiça e equidade e, apesar de entenderem logicamente – que é importante deixar para lá; que não se pode controlar tudo --, elas temem que, abandonando a briga, o culpado vai achar que saiu vitorioso, ou que a vítima concorda com o que foi feito.”

O que a aceitação realmente significa, diz ele, é: “Não posso voltar no tempo e criar uma nova versão do passado”.

4. Pergunte a si mesmo: por quê? As pessoas percebem que o ressentimento é um problema quando sentem que não conseguem evoluir, diz Colier.

A mágoa começa a parecer coisa antiga, que não importa mais tanto assim. Mas... deixar para lá parece ameaçador, diz ela, porque isso significa abrir mão da atitude:

“Olha o que aconteceu comigo”. Você também pode ter medo de perder o ressentimento, pois isso vai te deixar se sentindo vazio. Na verdade, você estará criando espaço para que sentimentos mais saudáveis ocupem aquele espaço.

5. Considere a troca. “Pense nos benefícios que você terá quando se comprometer a perdoar”, diz Harris. “Muitas vezes, estamos falando de paz de espírito, economia da energia pessoal desperdiçada com o ressentimento, uma sensação de liberdade e a capacidade de renovar a confiança de forma mais genuína.”

6. Não deixe que a raiva te defina. As pessoas conseguem perdoar injustiças terríveis, até mesmo crimes hediondos. “Fiquei muito tocado com os frequentadores da igreja da Carolina do Sul que, dias depois do atentado (que deixou nove mortos), vieram a público e discutiram abertamente o perdão do atirador”, disse Harris.

“Elas ainda tinham o direito de ver a Justiça ser feita. Mas não queriam que o ato violento de uma pessoa definisse suas vidas dali em diante.”

7. Preste atenção no que dizem os outros. Amigos próximos costumam ser boas referências quando você fala de mágoas do passado. Até mesmo os ouvintes mais pacientes vão se cansar.

Quando as pessoas disserem que você está parado, é hora de encontrar uma nova narrativa.

8. Mude a conversa. Se você é quem ouve os lamentos de algum amigo ou parente, diz Colier, pode perguntar por que a pessoa insiste em reviver o passado.

Mas, se estiver farto, seja direto. É “completamente aceitável” dizer (de forma gentil): “Não consigo mais ouvir isso. Não espero que você deixe para lá, mas também preciso de cuidados”.

9. Pratique. Empatia gera perdão. Reconhecer a perspectiva do outro – que ele ou ela também tem mágoas não-resolvidas ou que agir em causa própria pode causar conflitos inevitáveis com seus interesses – pode ajudar a lidar com a mágoa.

Um exercício: visualize uma corda grossa unindo você à pessoa que você quer perdoar e largue a corda. Afirmações diárias, escrever um diário, meditação e monitoramento dos pensamentos e atitudes também ajudam.

10. Não se passe por vítima. Colier lembra de uma mulher que passou anos reclamando da desatenção da mãe.

Não importava a vida adulta, tudo tinha a ver com essas questões do passado. No fim das contas, a mulher entendeu “como essa pessoa irritada e injustiçada sempre foi para ela”, diz Colier. “Ela começou a perceber que isso nunca a ajudou. Não tinha permitido que ela fosse vulnerável.”

11. Aceite-se. Deixar ressentimentos no passado gera revelações e transformações, como Colier viu no caso da mulher do item acima. “Surgiu uma pessoa completamente nova – com camadas, texturas, sentimentos”, diz ela.

12. Desenvolva graça. “Incentivo [as pessoas] a adotar uma forma avançada de perdão, que chamo de graça”, diz Harris. “Praticar a graça é deixar o perdão embalado e à disposição numa prateleira, pronto para uso quando uma pessoa importante da sua vida (parceiro, filho, pai ou colega de trabalho) te magoar.

Quando já perdoamos os outros por ofensas futuras, não criamos ressentimentos.”



Notícias da mídia Exercícios para fazer na cama ao acordar Quando o despertador toca de manhã sempre bate a preguiça de levantar da cama. Mais 10 minutos de soneca e você já está atrasada, não é? Ao longo do dia, o pescoço começa a doer, suas costas também e você já está na terceira xícara de café. Um jeito muito fácil de evitar todos esses problemas é manter uma pequena rotina de exercícios logo que você acorda. Respiração e alongamento ajudam a despertar e dar mais energia, sabia? "Estudos mostram que ao despertarmos pela manhã nossos músculos ficam 10% mais curtos e rígidos devido ao repouso prolongado da noite. O alongamento matinal é de grande importância, além de relaxar a musculatura e o corpo, previne dores que ao longo do dia podem ser sentidas", explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates SPa&Estética, Mariana Novaes. São 6 exercícios bem simples que levam só 5 minutos: stretching 1. Deitada na cama retire seu travesseiro e alinhe bem sua coluna. Estique os braços e as pernas, de modo que seu corpo fique todo esticado. Entrelace suas mãos e estique-as para cima, fazendo uma tração na coluna. Repita esse movimento duas vezes por 20 segundos. 2. Deitada, dobre seus joelhos e leve em direção ao tronco, como se fosse abraçar as pernas. Mantenha por 20 segundos nessa posição e depois repita por mais uma vez. 3. Deitada, apoie seus pés na cama, flexione um pouco seu quadril e leve-o para o lado, deixando sua cabeça para o lado oposto do quadril. (Se levou o quadril para o lado direto, leve a cabeça para o lado esquerdo) Abra bem seus braços e relaxe. Faça dos dois lados, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento e repetindo duas vezes. 4. Deitada, apoie os pés na cama unindo-os calcanhar com calcanhar e abra as pernas, fazendo a famosa posição da borboleta. Mantenha na postura de alongamento durante 20 segundos repetindo 2 vezes o movimento. 5. Sentada com o corpo ereto, pegue o braço direito e leve em direção a cabeça, puxando-a para o lado direito. Você irá sentir alongar a região do músculo trapézio e a região cervical do lado contralateral. Repita esse movimento por duas vezes mantendo por 20 segundos e repita no outro lado. 6. Todos os alongamentos devem ser associados a uma respiração lenta e profunda, inspirando o ar pelo nariz e expirando pela boca auxiliando o maior relaxamento muscular. A professora e proprietária da Personal Work, Adriane Lafemina explica como fazer o exercício: Deite com as pernas flexionadas, plantas dos pés na cama, mãos abaixo do umbigo e com a ponta dos dedos médios se tocando (se quiser junte os joelhos). Feche os olhos, inspire pelo nariz, sentindo o abdômen inchar: imagine um balão no abdômen, que se enche de ar na inspiração. Expire pelo nariz até o abdômen murchar completamente. Sinta que ao expirar o abdômen se contrai para dentro. Não force sua respiração, nem muito rápida, nem muito profunda, apenas observe seu ritmo. Experimente deixar sua expiração um pouco mais lenta que a inspiração! Faça o exercício de três a cinco minutos.

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