É grande o preconceito que se tem em relação às pessoas portadoras de transtornos mentais e, maior ainda, o sofrimento dessas pessoas, pois além dos sintomas da própria enfermidade, ainda sofrem de um mal maior, o da exclusão social que a doença provoca. Esta exclusão afasta o indivíduo e as famílias da sociedade, bem como da possibilidade de buscarem ajuda.
Se pensarmos bem, o que é ser normal? Quem é normal?
Atualmente temos cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem de perturbações mentais ou neurológicas, de problemas com drogas e álcool e todos nós estamos vulneráveis a sofrer de problemas mentais em menor ou maior grau.
O Espaço Reviver, além de priorizar a humanização do atendimento, melhorando a qualidade dos serviços prestados, tem como objetivo desenvolver o amparo ao portador de sofrimento mental e ajudá-lo na sua integração social. Para tanto, conta com a ajuda de uma equipe de profissionais composta por dois psiquiatras, sete psicólogos, um deles voluntário, dois auxiliares de enfermagem, uma terapeuta ocupacional, uma monitora de terapia ocupacional e uma estagiária de psicologia da UNIVÁS.
Buscamos minimizar o sofrimento dos pacientes e desmistificar a tão falada “loucura” e é este o intuito deste artigo: conscientizar a população de Cambuí e a todos os que o lerem de que os pacientes portadores de sofrimento mental são pessoas dignas de serem reconhecidas como seres integrais, com direito à liberdade, à integridade física e moral, à reabilitação para o trabalho e para a vida e, tratá-los desta forma é o melhor caminho para a sua reabilitação e reintegração na comunidade.
Afinal, você sabe o que é loucura?
Loucura é ter preconceito, é recusar um cumprimento, é humilhar, é oferecer bebidas a quem está sob tratamento medicamentoso, correndo-se o risco de óbito ou surto, é excluir, banir, discriminar pessoas que sofrem de transtornos mentais.
Pensando bem, todos os tipos de transtornos mentais são tratáveis, podem ser previnidos e controlados, já o preconceito é bem mais difícil de se erradicar. Faça a sua parte!
