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Jurisprudência



Publicado em: 01/08/2018

A cada 100 pessoas que entram com o pedido de retirada ou renovação da carteira de motorista no Detran-PR, 25 são hipertensas e, destas, a maioria desconhece a doença. Os dados não são do órgão, mas da taxa de prevalência da doença cardíaca no país que, silenciosamente, coloca não apenas o motorista, mas todos que dividem as vias do tráfego com ele, em risco.


Na tentativa de identificar precocemente quem são essas pessoas e se certificar de que elas estão recebendo o tratamento adequado, os motoristas que procuram a renovação ou a primeira habilitação no Detran-PR passam por uma consulta com médico do tráfego, onde tem a pressão arterial aferida.

Caso estejam dentro do limite de 160/100 mmHg – embora seja um valor superior aos 120/80 mmHg preconizado, leva-se em consideração o estresse e nervoso do momento do exame -, os motoristas são liberados para receber a carteira de motorista. Acima disso, o médico pode reduzir o prazo de validade da carteira (que, em geral, é de cinco anos, pode ser reduzida a três, quatro, dependendo do critério do especialista) ou pedir pelo parecer de outro médico, cardiologista ou clínico.

Carteira de motorista bloqueada

No caso de uma reprovação do motorista, o paciente fica com a documentação do exame pendente no órgão, e deve buscar por um especialista que ofereça o laudo liberando o paciente à direção.

“Se o motorista apresentar uma pressão de 180/110 mmHg ou acima, é um fator de risco isolado para hipertensão e é reprovado direto. Mas é uma reprovação com a finalidade de evitar um acidente. Ninguém quer um motorista com essa pressão dirigindo uma carreta. Ele deve buscar o cardiologista ou outro médico e voltar apenas com a pressão controlada e o laudo do médico”, explica Dirceu Antônio Silveira Junior, médico do tráfego, chefe do setor médico do Detran-PR e presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET).

A aferição da pressão durante os exames para retirada ou renovação da carteira de motorista – seja de qual tipo de veículo que for – está regulamentada pela Resolução n.º 425/2012 do Contran, que estabeleceu melhores parâmetros a serem seguidos pelos peritos médicos.

Uma vez controlada a pressão arterial – seja através de medicamentos ou outro tratamento – e com a comprovação do médico do paciente, o motorista pode voltar ao Detran para novo exame e retirada da carteira. “A partir de um dia, a pessoa já pode voltar. Mas ela pode reprovar de novo, porque o exame é de suficiência. Se a pessoa voltar e não cumprir os critérios, ela pode reprovar novamente, até apresentar a doença controlada”, reforça o chefe do setor médico do órgão.

Riscos dos hipertensos sem tratamento

A exigência da aferição na pressão arterial dos motoristas chamou atenção do cardiologista Semi Haurani, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que trouxe a discussão para sua palestra durante o 45º Congresso Paranaense de Cardiologia, sob o tema: “Não me deram a carteira de motorista porque a pressão estava alta.” Limitação real ou motivação ao tratamento?

Na opinião dele, a medida é válida justamente pela hipertensão ser uma doença silenciosa e muitos dos hipertensos não sabem que estão doentes, ou dos riscos que podem causar no trânsito. “É um bom local para ter acesso a esse tipo de paciente, e incentivar a procura por um médico. É muito mais que a promoção da saúde, mas previne uma limitação futura dessa pessoa”, diz Haurani.

Em casos graves, os hipertensos não tratados podem ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou um infarto em trânsito e, mesmo em casos não tão graves, a elevação da pressão arterial acarreta problemas cerebrais que dificultam uma atuação adequada. “O motorista pode sentir tontura, confusão mental, por ter uma pressão arterial elevada, e não oferece atenção completa ao trânsito, como deveria”, reforça o médico cardiologista.


Motoristas diabéticos e em uso de medicação tarja preta

Embora não seja feito exame que mede a glicemia do motorista, a aferição da pressão arterial também colabora com a descoberta de novos diabéticos, visto que ambas as doenças são prevalentes nos mesmos grupos de riscos. Assim como com os hipertensos, a diabetes assusta médicos e também deveria assustar pacientes, visto os riscos que também pode causar no trânsito.

“A variação nos níveis de glicemia pode alterar o nível de consciência do motorista, e ter lapsos momentâneos, caso a doença não esteja controlada”, explica Semi Haurani, médico cardiologista.

No momento de responder ao questionário do Detran-PR na próxima renovação ou retirada da carteira de motorista, portanto, seja sincero. Caso seja diabético, fazer uso de medicação contínua, como antidepressivos, tiver experienciado algum sintoma atípico, for epiléptico, comunique o órgão do trânsito.

“A nossa preocupação é com a segurança e redução no risco dos acidentes. A ideia é que todos tenham a carteira de motorista, desde que tenha saúde e, se tiver uma doença, que faça o tratamento adequando. A pessoa, se quiser, pode até se adiantar e ir ao médico antes de ir ao Detran, solicitar o laudo e chegar para a renovação da carteira preparada”, sugere Dirceu Antônio Silveira Junior, médico do tráfego, chefe do setor médico do Detran-PR.


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