AECambuí
Associação Empresarial de Cambuí






QUEM SOMOS | SERVIÇOS | ASSOCIADOS | PROFISSIONAL AUTÔNOMO | EMERGÊNCIA CAMBUÍ | CONTATO
Ligue para AECambui » (35) 3431-2772
» Revista "O Empresário"
» Banco de Currículo
» Últimas Notícias
» Comportamento.
» Comunicação
» Conselhos Úteis
» Consultas Boa Vista Serviço - SCPC
» Finanças ao seu alcance
» Jurisprudência
» Momento Empresarial
» O que é Boa Vista SCPC?
» Serviços Prestados - AECAMBUÍ
» Vida saudável
» Turismo
» Fotos da Cidade
» Fotos dos Cursos
» Memória Viva


VOLTAR
Finanças ao seu alcance



Publicado em: 04/09/2015

No começo de 2014, a crise não estava tão séria e preocupante como está agora. As coisas não estavam exatamente “boas”, mas a comunidade de negócios tinha alguma esperança numa mudança de governo e (por que não?) muitos apostavam que o Brasil ganharia a Copa do Mundo, o que daria um boost no moral do povo brasileiro.

Naquela época (mais especificamente em março de 2014), eu fiz um artigo para um site parceiro (o Dinheirama.com) chamado “A era do empreendedorismo hot dog” (que pode ser visto clicando aqui). No artigo, eu falava sobre as minhas preocupações com a economia e sugeria que a crise iria lançar uma grande quantidade de pessoas no caminho do empreendedorismo.

Porém, não aquele empreendedorismo planejado, com grandes chances de sucesso e feito por pessoas que realmente têm o perfil empreendedor. Me referia àquele empreendedorismo “de subsistência”. Aquele empreendedorismo do sujeito que só está empreendendo porque não consegue arrumar um emprego; do contrário, jamais cogitaria a hipótese de se aventurar numa atividade empresarial.

O artigo “deu o que falar”. Rendeu vários comentários elogiosos, mas também algumas críticas. Muitos me criticaram pela minha visão “sombria” e negativa. Cheguei inclusive a ser acusado de “preconceito contra os vendedores de hot dog” (é incrível a quantidade de pessoas que emitem opiniões sobre artigos lendo apenas o título…).

Mas o fato é que o artigo acabou acertando no alvo. A crise se agravou, o desemprego está aumentando e a dificuldade em se recolocar no mercado de trabalho está forçando pessoas a considerarem a via empreendedora. E, infelizmente, o pior tipo de empreendedorismo que existe (pois é o que tem as maiores chances de fracasso) é o empreendedorismo por necessidade.

Se você é daqueles que vão se lançar no empreendedorismo por falta de opção (ou mesmo já é um empreendedor experiente), quero sugerir algumas dicas financeiras, que podem aumentar as suas chances de sucesso nessa empreitada. Quem sabe, até, você pode acabar descobrindo um “verdadeiro perfil empreendedor” na experiência?

Vamos lá:

– Entenda o conceito de oferta e demanda

Empreender em tempos de crise é, mais ou menos, como ir a uma festa onde não tem ninguém do sexo oposto… Todas as pessoas que você encontra estão querendo vender e ninguém está interessado em comprar. Não há compradores.

Durante uma crise, a base demandante (os compradores) diminui, pois a liquidez (a grana…) “some” do mercado. Já a base ofertante (os vendedores) aumenta drasticamente, pois, assim como você, muitas outras pessoas estarão empreendendo por necessidade e vai ser uma “briga de foice” pelos poucos compradores.

É fundamental ter este conceito muito claro. Muitas pessoas terão as mesmas ideias e passarão a enxergar oportunidades onde elas não existem (um claro processo de negação e racionalização). Assegure-se de que a sua ideia de negócios é realista e que existem compradores (lembrando que a crise também afeta os compradores).

– Maximize seus recursos

O que uma pessoa que perde o emprego tem “sobrando” e “faltando”? Geralmente, quem perde o emprego passa a ter tempo de sobra e o dinheiro se torna um recurso escasso.

Muitos recebem indenizações generosas ao saírem de seus empregos, mas é um dinheiro “finito”, e que pode acabar rápido na ausência de outras fontes de renda. Por isso, aquele que vai empreender por necessidade deve buscar ideias e projetos de negócios que façam uso intensivo do recurso “tempo” (que está sobrando) e uso mínimo do recurso “dinheiro” (que, neste contexto, é escasso).

– Envolva a família

Quando se empreende, uma das primeiras vítimas é o padrão de consumo. É preciso reduzir drasticamente o nível de vida (a não ser que você tenha reservas financeiras imensas), até que seu projeto comece a gerar renda.

Por favor, não faça projeções otimistas (ou ingênuas) do tipo “meu negócio vai começar a se pagar em seis meses” e já sair gastando dinheiro por conta… Até a renda se estabilizar, é preciso cortar na carne. E a família precisa estar “na mesma sintonia”. O esforço de manter os gastos sob controle precisa ser conjunto.

– Prepare-se antes (na medida do possível)

Esta é difícil para quem já perdeu o emprego. Mas quem ainda está trabalhando já sabe o que fazer: Reduzir (e eliminar) o endividamento, acumular reservas financeiras e colocar as contas em ordem (precisa de ajuda? Dê uma olhada na minha planilha gratuita clicando aqui).

– “Mistura” sob controle

Um dos maiores “pecados” de um empresário é misturar contas pessoais com contas da empresa. Porém, quando se está começando (e ainda mais numa situação de crise) é quase impossível não misturar.

Estabeleça um prazo limite para que essa mistura se desfaça, pois, no longo prazo, isso pode contribuir para a ruína de qualquer negócio.

Não vire “estatística”

A quantidade de novos negócios que sobrevivem aos primeiros anos é baixa, e não só no Brasil. Até em economias maduras (e sem crise) esse padrão se repete.

Fazendo um bom planejamento e seguindo algumas orientações (como as apresentadas neste artigo), você aumentará muito suas chances de sucesso e, quem sabe, deixará de ser mais um engrossando as estatísticas de empresas que morrem logo após o nascimento.
(André Massaro)


mídia notícias da mídia

AECambuí - Associação Empresarial de Cambuí
Agência WebSide