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Finanças ao seu alcance



Publicado em: 13/08/2015

Não existe receita pronta na hora de abrir uma empresa. Cada empreendedor precisa avaliar as possibilidades e os riscos na hora de investir em um negócio próprio. No entanto, é nessa fase de concepção do empreendimento que é importante pesquisar e se informar para evitar erros comuns cometidos por pequenos empresários.

1. Empreender apenas por necessidade

O primeiro erro de quem planeja abrir um negócio é não saber se realmente tem vontade de empreender. Investir numa empresa própria só porque perdeu o emprego, por exemplo, pode gerar frustração. “Tem pessoas que tiram o dinheiro do FGTS e empreendem sem planejamento”, afirma Letícia Menegon, coordenadora da Incubadora de Negócios da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “É preciso saber se o empreendedorismo cabe na sua vida”, completa.

Para isso, é importante avaliar se você tem as características mais comuns a um empreendedor. Segundo pesquisa da Endeavor, as cinco principais são: otimismo, resiliência, autoconfiança, desejo de protagonismo e coragem para aceitar riscos.

2. Não fazer um plano de negócio

Muitos empreendedores deixam de fazer um plano de negócio e acabam por fracassar. Hoje em dia, o mercado não aceita amadores, é necessário ter um bom plano de negócios. Não precisa ser um documento gigantesco, mas o empreendedor tem de saber o conceito do negócio, a vantagem competitiva em relação aos concorrentes e em quais regiões tem mais ou menos compradores.

Um plano de negócios bem estruturado detalha onde os recursos humanos, tecnológicos, financeiros, entre outros, serão alocados. Ele é um material usado com o objetivo de olhar para o futuro da empresa e ajuda o empreendedor a ter um foco, a se planejar e a se antecipar a desafios.

Uma opção mais simples é usar o canvas de modelo de negócio, que resume os pontos chave de um bom planejamento. Apesar de não substituir totalmente o plano de negócios, é uma ferramenta mais fácil de ser usada no dia a dia. A Endeavor oferece um tutorial para fazer o canvas (https://endeavor.org.br/como-utilizar-modelo-canvas-negocio/), e o site FazInova, da empreendedora brasileira Bel Pesce, tem um curso gratuito sobre o tema (http://www.fazinova.com.br/cursos/1).

3. Oferecer um produto sem apresentar um diferencial

É sempre importante pesquisar a concorrência antes de se abrir um negócio. E isso inclui avaliar maneiras de melhorar o serviço prestado no mercado em que se pretende atuar. Não é preciso reinventar a roda, mas você tem que ficar atento às necessidades do consumidor. “Muito da inovação pode vir de você conhecer bem seu cliente e entender como pode ir além para atendê-lo da melhor forma”, explica Marina Turner, coordenadora de Apoio a Empreendedores da Endeavor. Adaptar processos e ideias de grandes empresas para a realidade do seu mercado pode ser uma das soluções. Por isso, é importante estar atento ao mercado como um todo, e não apenas aos concorrentes diretos.

4. Não reconhecer uma oportunidade real de negócio

Antes de abrir uma empresa você deve avaliar se encontrou uma oportunidade real de negócio ou se está apenas seguindo uma tendência sem analisar a aceitação do público em longo prazo. Foi o que ocorreu com muitos empresários que investiram em franquias de iogurte e de cupcake, por exemplo. “Isso é empreender apenas porque todo mundo está empreendendo”, alerta Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (GVcenn) da FGV/EAESP.

Para evitar esse tipo de problema, uma dica é, mais uma vez, pesquisar a concorrência e o mercado. Ir até uma loja do ramo em que se pretende atuar e ouvir os comentários e reclamações dos clientes para buscar soluções é uma das sugestões do especialista. Outra opção é participar de feiras de negócio para ficar por dentro do que está fazendo sucesso no Brasil e no exterior.

5. Não entender quem é o seu cliente

A tática de atirar para todos os lados não funciona no empreendedorismo. Abrir uma empresa sem saber qual é o público alvo é sinônimo de perda de tempo e de dinheiro. Muitos empreendedores acham que podem vender para todo mundo e gastam energia, tempo e dinheiro com diversos clientes”. Ter um foco no negócio significa que você conseguirá atender melhor os clientes que procuram o produto ou serviço oferecido. Se você trabalha com doces, por exemplo, tem que saber quantas encomendas pode aceitar por mês, para não deixar de fazer nenhuma entrega em dia. Assim, passará uma boa impressão ao cliente, que trará frutos mais tarde: ou ele retorna ou indica o serviço a um amigo.

6. Não ter um bom atendimento pós-venda

Um bom empresário precisa saber lidar com críticas, com reclamações e com a insatisfação do cliente. Uma venda feita ou um serviço prestado até o fim não significa que o trabalho terminou. O atendimento pós-venda também vai ajudar a determinar se o consumidor se tornará um cliente cativo ou se nunca mais pisará na loja.

Mesmo nos casos em que o Código de Defesa do Consumidor não garante a troca de um produto, como quando a mercadoria não apresenta defeito, é importante prestar assistência e se colocar à disposição para resolver qualquer problema. “As empresas que sobrevivem no longo prazo são aquelas que estabelecem uma relação de muita dedicação com seus clientes”, lembra Letícia Menegon.

7. Falta de planejamento financeiro

De nada adianta fazer um plano de negócios completo antes de abrir a empresa se você não mantiver um controle rigoroso das finanças. Isso significa ter também um planejamento financeiro, ou seja, colocar no papel, de maneira detalhada, o faturamento, os gastos, os investimentos e os lucros. Além de uma planilha com os valores reais, é interessante manter outras duas: uma com projeções de um cenário otimista e outra de um cenário pessimista. Elas podem prever gastos inesperados com manutenção ou com demissões e contratações, por exemplo. Em todas as situações, é importante determinar o capital de giro necessário para manter a empresa funcionando.

8. Abrir o negócio sem ter capital de giro

O capital de giro é o valor necessário para custear e manter as despesas operacionais da empresa, ou seja, é a diferença entre o dinheiro que você tem e o que você gasta no negócio. Esse montante precisa estar sempre disponível no caixa da empresa, de preferência com folga, e é muito importante tê-lo também ao abrir o negócio.

Para garantir que não falte dinheiro, algumas orientações são não investir demais em estoque e começar a operar em espaços pequenos, com o objetivo de economizar no aluguel. Também é importante, ter uma boa gestão do fluxo de caixa – uma projeção de todas as entradas e saídas de recursos financeiros. Quando monitorado, o fluxo de caixa ajuda o empreendedor a definir ações com relação ao capital. Ele conseguirá prever se há a necessidade de captar dinheiro ou de cortar ao máximo os custos, ou se poderá aplicar o capital excedente – se seu capital de giro já estiver no valor necessário – em opções mais rentáveis.

9. Misturar o caixa da empresa com as finanças pessoais

Esse é um erro cometido por muitos pequenos empresários. Usar dinheiro da empresa para pagar a conta de luz de casa, a escola dos filhos ou fazer compras no shopping desestrutura o caixa. O certo é definir o valor do pró-labore de cada sócio ou do dono e transferir o dinheiro para a conta pessoal todo mês. O inverso – colocar dinheiro do próprio bolso para cobrir gastos da empresa – também não dá certo. Quando você mistura as contas pessoais com as da empresa, você maquia os resultados operacionais. Ter uma linha de despesas inflada pode levar o empreendedor a calcular de forma errada sua margem de contribuição e fazer com que ele cobre mais caro pelo produto ou serviço. É importante separar para que a empresa cresça de forma sustentável e por meio de suas próprias pernas.

10. Errar na escolha do sócio e não fazer um contrato societário

Abrir um negócio é trabalhoso, cansativo e exige um bom investimento inicial para sustentá-lo até que comece a dar lucro. Ter um sócio para compartilhar as tarefas principais e os gastos é uma opção. É importante encontrar uma pessoa que traga conhecimentos complementares e com quem você tenha um bom relacionamento.

No entanto, em hipótese alguma se pode abrir mão de um contrato definindo as atribuições de cada um e a parte a que cada sócio terá direito caso deseje sair da empresa. Marido e mulher, pai e filho ou amigos de infância, não importa: tem que registrar o documento no cartório. “O acordo de acionistas é fundamental em todo tipo de sociedade, é quem nem casamento”, compara Marina Turner. “Nenhum modelo societário dura para sempre, ele vai sofrer mudanças, e o acordo serve para blindar o empreendedor”, completa.



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