Os economistas insistem em dizer que a gente deve anotar tudo o que gasta no dia a dia
A situação não está fácil pra ninguém. Os custos do dia a dia estão dando mais susto que alegria faz um tempo. E, a cada mês, a gente vai espremendo daqui, espremendo dali, para não pagar juros, diminuir a conta de luz, conseguir manter a mesa pronta e a comida nela colocada. Os economistas dão entrevista ensinando a driblar a crise e insistem em dizer que a gente deve anotar tudo o que gasta no dia a dia, até o cafezinho que toma na rua, para conseguir equilibrar as finanças. Claro que é uma atitude sensata, que todos deveríamos ter, mas, cá pra nós, não tem coisa mais chata que se lembrar de todas as despesas e escrever tudinho para avaliar, semana a semana, onde estão as gorduras que podem ser eliminadas.
Outro dia mesmo um deles me deixou perplexa com a conta do cafezinho. E deve deixar vocês também: segundo ele, se a pessoa tomar cinco cafezinhos por dia a R$ 5 cada, gasta R$ 25 por dia, multiplicando por 20 dias úteis, a criatura gasta R$ 500por mês, só de cafezinho. Portanto, é preciso pensar em cada detalhe. Nestas horas é que a gente vê a necessidade de ensinar educação financeira nas escolas. Se a gente aprendesse estas lições desde criança, seria mais fácil e mais natural, agora, na vida adulta, conseguir fazer este controle de custos. E é sempre bom lembrar que é muito importante saber fugir das promoções ou, no mínimo, saber avaliar cada uma.
A gente é assediada por ofertas “maravilhosas” que, às vezes, não são tão “maravilhosas”, mas que enchem a gente de desejo. Vai ao shopping e vê tudo em liquidação, com 50% de desconto. Odeio quando descubro que paguei o dobro por um produto qualquer. Não há como deixar de pensar: se eles podiam vender por este preço, porque me cobraram o dobro? Fui roubada. E esta é, com certeza, das piores sensações. Fora a raiva que dá.
Reduzir o número de cartões de crédito e de contas em banco ajuda a economizar. Pedir desconto quando vai pagar qualquer coisa em dinheiro, também. Outra proposta é trocar as lâmpadas comuns e eletrônicas pelas de led. Não são baratas, mas em duas contas de luz você vê a diferença. Desligar equipamentos que a gente só usa de vez em quando também dá resultado. Se você quiser se aprofundar neste assunto, uma dica: saiu uma coleção de livros sobre economia, bem didáticos, capítulos curtos, linguagem fácil.
O autor é o professor Roberto Zetgraf e, em cinco livros, ele dá dicas sobre planejamento financeiro, ensina a poupar, propõe soluções para os endividados, fala sobre aposentadoria e tem um que trata da eterna dúvida: se é melhor comprar ou alugar a casa onde a pessoa vai morar. Vale a pena conferir. Afinal, só uma pessoa pode mudar sua história com o dinheiro: você.(Leda Nagle) mídia notícias da mídia