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Finanças ao seu alcance



Publicado em: 04/04/2016

Se tem algo que “dói no meu ouvido” é quando ouço alguém falando coisas negativas sobre o Tesouro Direto, como “o Tesouro Direto é muito volátil”, “o Tesouro Direto é muito arriscado”, “o Tesouro Direto é mimimimimi….”.

Não existe (repito: NÃO EXISTE) investimento totalmente sem risco e os títulos públicos federais (negociados por meio do Tesouro Direto) não fogem à regra, apesar de seu risco ser considerado irrisório.

O problema desses comentários negativos sobre o Tesouro Direto (muitas vezes proferidos por pessoas com interesses conflitantes, como gerentes de banco) é que eles jogam todos os títulos públicos “no mesmo saco”, e a realidade é infinitamente distante disso.

O Tesouro Direto é um “investimento” tanto quanto a bolsa de valores é, também, um “investimento”. Qualquer investidor mais experiente sabe que esse tipo de definição não faz sentido, pois na bolsa existem ações de diversos segmentos, derivativos, fundos imobiliários, debêntures… Dizer que alguém “investe na bolsa” é algo tão vago e inespecífico quanto dizer “eu viajei pra fora de casa”…

A mesma lógica se aplica ao Tesouro Direto. Ele pode não ter a mesma diversidade da bolsa, mas é composto por três tipos básicos de títulos com características totalmente diferentes, e que se comportam de forma igualmente diferente em cada cenário.

Títulos pós-fixados indexados à Selic (LFT ou “Tesouro Selic”) são o “feijão-com-arroz” do Tesouro Direto. Dificilmente se erra com eles. Quando os juros da economia sobem, eles acompanham. Quando caem, também acompanham e acabam rendendo menos que o esperado, mas, praticamente, jamais apresentam rentabilidade negativa (ao menos em termos nominais) e não sofrem com a volatilidade do mercado antes do vencimento. São a aposta segura para quem não quer grandes emoções.

Títulos prefixados (LTN ou “Tesouro Prefixado”), nas versões com ou sem juros semestrais (cupom), são indicados para cenários em que a economia está mais “rósea”, com inflação controlada e juros em tendência de queda. Eles costumam reagir (às vezes de forma exagerada) a variações da taxa de juros antes do vencimento – o que pode ser bom ou ruim, dependendo de “para que lado” é essa variação.

Já aqueles vinculados à inflação (NTN-B ou “Tesouro IPCA”), também nas versões com e sem cupom, oferecem uma razoável proteção contra a inflação e costumam ter prazos longos. São indicados para aqueles que querem proteger o patrimônio, mas não têm tanta necessidade de liquidez. São interessantes para cenários conturbados, mas, antes do vencimento, costumam se comportar como títulos prefixados, apresentando grande sensibilidade às variações da taxa de juros.

Ou seja, para qualquer cenário econômico, existe um (ou mais de um) título público adequado. Talvez o único cenário em que todos os títulos públicos saem perdendo é quando a taxa de juros da economia cai de forma significativa (algo que está beeeeem longe de nossa realidade, ao menos no curto prazo). Em situações assim, investidores que querem ganhar alguma coisa precisam, necessariamente, esquecer a renda fixa e apelar para a renda variável (como acontece nos EUA).

Em resumo, da próxima vez que alguém te falar do Tesouro Direto, com viés negativo, fazendo generalizações (e especialmente se esse “alguém” for profissional de finanças e com algum interesse em produtos concorrentes…), “esfregue na cara” dessa pessoa que Tesouro Direto não é uma coisa só… É possível investir em coisas diferentes, com estratégias diferentes e cenários diferentes, tudo isso dentro do Tesouro Direto.


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