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Publicado em: 17/01/2020

Temperatura do ambiente de trabalho interfere no rendimento dos funcionários

Mulheres trabalham melhor em ambientes mais quentes, ao contrário dos homens

Existe uma explicação científica por trás da eterna briga entre sexos pela temperatura do ar-condicionado. Esta preferência, aliás, pode afetar a produtividade no trabalho. Homens sempre encalorados, mulheres na maioria friorentas, e a culpa é dos hormônios!

Desde a adolescência até os 50 anos em média, o homem sente mais calor pelas condições metabólicas, “a produção de testosterona acelera o metabolismo e aumenta a produção de calor. Com a chegada da terceira idade essa situação, no entanto, se inverte, e é a mulher que sente mais calor”, explica Ricardo Corrêa da Cunha, educador físico e professor da Universidade Positivo.

O motivo é a menopausa, “a mulher começa a sentir mais calor pois a produção do estrogênio cai e aumentam os níveis de testosterona, o que justifica os fogachos, os famosos calorões femininos”, completa Rui Bochino, médico do trabalho e clínico geral do Hospital Pilar.

Além do metabolismo hormonal, o endocrinologista da Paraná Clínicas, Dilermando Brito, enfatiza a questão da diferença na massa muscular, que também interfere, “temos receptores de temperatura na pele e as mulheres, por terem menor massa, têm menos condição de equilíbrio na percepção de temperatura e são mais sensíveis às mudanças, fazendo mais vasoconstrição, e sentindo mais frio, em especial nas mãos e pés.

Os homens, por terem uma percepção maior de calor, acabam sofrendo mais em ambientes quentes”.

Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade Técnica de Berlim mostrou que mulheres e homens têm melhor rendimento em temperaturas opostas.

Em ambientes mais frios, os homens fizeram mais pontos do que as mulheres em testes verbais e de matemática. Mas foi só aumentar a temperatura que a pontuação feminina não só aumentou, como superou a dos homens.

Mais de 500 estudantes participaram da pesquisa, que consistia na realização de testes em um ambiente com temperaturas que variavam dos 16 graus C aos 33 graus

Nem frio, nem quente

O problema dessa variação térmica é aquele sobe e desce da temperatura, liga e desliga do ar-condicionado, que piora a saúde de todos no ambiente.

“O choque térmico deprime o sistema imunológico, deixando as pessoas mais propensas às infecções oportunistas, como gripes, resfriados e amidalites. É preciso ter muito cuidado também com o controle da umidade relativa do ar, pois os aparelhos têm a tendência de ressecar o ar, agravando ainda mais as condições do sistema imunológico”, explica Ricardo Corrêa.

O Ministério do Trabalho define que a temperatura ideal para um escritório fique entre 20 e 23 graus C, mas há quem sinta frio ou calor mesmo nestas condições. “Quem tem mais tecido adiposo (sobrepeso ou obesidade) sente mais calor, pois a gordura é um isolante térmico”, conta o médico Rui Bochino.

“O calor deixa as pessoas mais prostradas, com o desenvolvimento de quadros de baixa pressão arterial, a famosa ‘moleza’ e falta de força para as atividades. Cuidar da hidratação é fundamental. Mas quem sente mais frio em ambientes climatizados pode fazer o uso, por exemplo, de vestimentas adequadas que controlem a temperatura”, explica o professor da Universidade Positivo.

“O que dificulta muitas vezes a adaptação das pessoas ao ar-condicionado é o uso inadequado, com a criação de ambientes muito secos ou muito frios. Usar baldes de água ou umidificadores de ar já resolvem o problema e evitam o ressecamento das vias aéreas”, recomenda o médico do trabalho.

Outra questão é a falta de manutenção periódica do aparelho, o que culmina na proliferação de ácaros e fungos. A limpeza e a troca de filtros periodicamente pode ajudar a minimizar o desconforto.

Em nome da paz no escritório

O Ministério do Trabalho, por meio de uma norma regulamentadora (NR 17) define que a temperatura nos escritórios deve ser mantida entre 20 e 23 graus Celsius, com umidade relativa do ar não inferior a 40% e velocidade do ar não superior a 0,75m/s;

Cabe à empresa definir a temperatura e se ater a ela, deixando um único responsável pelo ajuste, o que diminui o risco de conflitos. O bom senso é sempre a melhor saída e com diálogo é possível realocar estações de trabalho de acordo com as preferências de cada um. Em alguns casos, pode até ser feita uma pesquisa sobre o que mais agrada os colaboradores."

Cecília Aimée Brandão
AECambuí - Associação Empresarial de Cambuí
Agência WebSide