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Publicado em: 06/09/2019

Depois que Miguel morreu, Carina diz que a mesa dele permaneceu intocada por um longo tempo. Mesmo quando seu substituto chegou, algumas de suas coisas ainda estavam sobre a mesa. Obviamente, nenhum de seus amigos queria ser o responsável por dar um fim àqueles objetos, mas ela acha que a gerência falhou ao não tomar uma iniciativa sobre isso.

"Eles poderiam pelo menos ter limpado o espaço dele. Foi estranho."

A substituição de funcionários é outro ponto sensível que as precisam lidar quando um trabalhador morre

Swift diz que, embora tenhamos uma tendência a pensar nas pessoas que amamos como "insubstituíveis", muitas vezes no local de trabalho um colega realmente precisa ser trocado.

"É preciso ter sensibilidade, porque nem tudo é apenas business. Pode ser seu melhor amigo, seu superior imediato - alguém com quem você tenha um relacionamento muito próximo."

Ela diz caber aos gerentes de uma empresa refletir sobre as decisões difíceis que possam ter que tomar - e ter planos em mente.

Mas, ao mesmo tempo, uma empresa precisa pensar em como os funcionários estão lidando com isso.

"Não há resposta certa ou errada. Você praticamente tem de seguir o fluxo. Você precisa ter um plano, mas precisa também se certificar de que pode evoluir."

Kirsty Minford, psicoterapeuta que trabalha com organizações em momentos de mudança ou perda, diz que o primeiro impulso de muitas empresas é falar pouco quando um colega morre, por medo de fazer ou dizer algo errado, ou divulgar algo que a família talvez não queira saber.

Mas isso pode ser difícil para a equipe. "Quando você conversa com os funcionários ou pessoas afetadas, eles tendem a desejar mais comunicação e mais informações", diz ela.

No entanto, as relações de trabalho são muitas vezes percebidas como secundárias àquelas fora do escritório e um colega de escritório pode ser "apenas alguém com quem você trabalha".

Levando em conta essa percepção e a relutância geral em discutir o tema morte, Kirsty diz entender por que muitas empresas cometem erros nesses momentos. A especialista explica que as empresas precisam entender que as relações de trabalho são reais e afetam seus funcionários.

"Muitos de nós gastamos uma quantidade enorme de nosso tempo com colegas de trabalho, às vezes mais do que com nossas famílias."

Ela diz que uma coisa que os gestores podem fazer é consultar sua equipe sobre a melhor forma de honrar a memória de uma pessoa, seja criando um prêmio em seu nome, plantando uma árvore ou lhe dedicando uma placa.

E quando chega a hora de substituir alguém que morreu, há maneiras de fazê-lo com sensibilidade. Ela sugere mudar um pouco o título da pessoa ou o arranjo da mesa para que não pareça um substituto.

"Uma empresa com a qual trabalhei trouxe um trabalhador temporário dois dias depois. O trabalho precisava ser feito, de qualquer maneira. Mas sentá-lo na mesa da pessoa que havia morrido sem explicar a ele ou à equipe por que ele estava lá e o que tinha acontecido antes, realmente perdeu alguns aspectos humanos fundamentais do luto."

Ela diz que não se trata apenas de uma questão de compaixão. O luto pode levar pessoas a largarem o emprego se se sentirem pressionadas a voltar ao normal muito rapidamente, ou sentirem que não podem justificar sua tristeza por alguém que não era um membro direto da família ou um grande amigo.

Carina deixou sua firma algumas semanas após o anúncio da morte de Miguel. Ela já estava planejando sair, mas diz que ficou feliz em sair por conta da forma como a morte de Miguel foi tratada.

"Quando penso na reação, sinto raiva. Mas, quando penso no (Miguel), lembro-me de pequenas situações em que ele poderia ter me dado a resposta em dois segundos, mas ele estava tipo 'OK, deixe-me explicar tudo para você'. Mesmo que ele tivesse dez mil coisas para fazer."

"Ele era uma pessoa incrível, então eu me lembro dele com muito respeito."


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