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Publicado em: 23/05/2019

O ano era 1989, eu estava com meu pai na horta. Ele gostava muito de plantar todo tipo de semente e, nessa época, tinha um pé de bananeira que começara a dar bananas. Eufórico porque depois de anos, a bananeira estava carregada, comecei e tirar algumas delas dos cachos. Sem perceber, pisei em um pequeno pé de pêssego que ele havia plantado, e pedi desculpas. Nesse instante, meu pai disse: "polaco, não tem problema, ele só morre se arrancar a raiz, mas tome cuidado mesmo assim”.

Isso vale para tudo na nossa vida, mas, principalmente, em relação à nossa felicidade. Ficamos procurando motivos para sermos felizes, sendo que já temos todos eles: basta nunca arrancarmos nossas raízes.

Vejo muita gente procurando felicidade no dinheiro, nas relações com pessoas importantes, bem-sucedidas, numa mansão, no saldo do banco, num carrão do ano. São coisas boas, mas, são só coisas, são só os frutos das nossas atitudes. Se você quer ser feliz de verdade, nunca arranque suas raízes.

Lembra daquele tempo em que você jogava bola no campinho? Brincava de boneca com suas amigas? Corria na chuva? Andava de bicicleta com aquele amigo, amiga, mesmo que fosse emprestada? Se recorda do tempo em que adorava ficar no colo do pai, da mãe, da avó e vovô? Ou de simplesmente ficar correndo de um lado para o outro na hora do recreio da escola?

Talvez até lembre do perfume daquela época, do frescor do fim da tarde. Pode ser que suas lembranças sejam mágicas, emocionantes. Quem sabe tenha passado momentos difíceis, mas adoçava todos eles comendo pão com açúcar. Tenho certeza que fez muita limonada com limão dos vizinhos, ou saiu deslizando no chão de terra nos dias de chuva. E talvez tenha também plantado algumas sementes de frutas ou verduras com seus pais.

Essas são suas raízes. Enquanto você procurar felicidade nos frutos, não vai encontrá-la. Procuramos alegria, paz, plenitude, em tudo o que vamos conquistando pela vida. Isso é agoniante, pois se fosse assim, quem não conquista muita coisa, jamais seria feliz.

Entretanto, constantemente, o que mais percebo, são pessoas que não negam suas raízes, e mesmo sem tantos bens materiais, sem tantos frutos, vivem uma felicidade extraordinária, de dar inveja em muita gente rodeada de ouro, mas sem nenhum brilho de verdade. O problema destas últimas são os frutos? Não. O problema é que elas abandonaram suas raízes.

Volte lá na sua infância, e por mais difícil que ela tenha sido, observe o quanto você era feliz com pouca coisa.

Isso não significa negar todas as suas realizações, abdicar de tudo o que foi capaz de conquistar. Significa apenas viver sua essência, suas raízes, por que sua felicidade só morre, se você passar a valorizar apenas os frutos.

Gente que, por exemplo, detesta andar de terno e gravata porque sua raiz é vestir tênis e camiseta, porém, por uma exigência que só existe na cabeça da pessoa, vive preso num terno com gravata apertada que mal consegue respirar.

Muitas que detestam bagunça, barulho, som alto, em vez de buscarem a felicidade no sítio em que nasceram, saem para as grandes cidades, em busca de algo que não é a essência delas, mas pelo simples de que alguém disse que na cidade tinha mais oportunidades. Que oportunidades? Frutos? E a felicidade, será que não está lá na varanda da casinha de madeira, no leite tirado da vaca de manhãzinha? No cheiro do orvalho, ou no amanhecer com o cantar dos pássaros?

Pessoas que têm uma veia empreendedora pois desde cedo trabalharam com vendas, procuravam ajudar aos outros com algum serviço, consertavam coisas, contudo, fazem um concurso público, porque viram outros ganhando uma boa grana e aparentemente vivendo com segurança em suas carreiras. Mesmo correndo o risco de serem infelizes, prestam concurso e passam, abandonando suas raízes. Essa decisão, em pouco tempo, tem um grande potencial para torná-las infelizes.

Outras, que sempre foram mais acomodadas, gostavam de estabilidade, zelavam do cofrinho cheio de moedinhas, sem nunca arriscarem muita coisa, agora, de olho nos frutos que muita gente vem colhendo, se metem a investir num negócio mais ousado, arriscado. Às vezes até ganham um dinheiro, porém, vivem quase tendo um infarto por dia, com medo de perderem tudo.

Viver assim é ter uma visão errada da felicidade. Afinal, felicidade tem a ver com essência e não com viver dessa maneira superficial.

Desapegue-se dos frutos, não no sentido de rejeitá-los porque, sendo lícitos, eles advêm do seu empenho, suor, da sua dedicação. O que eu quero dizer com desapegar-se dos frutos, é mostrar que essa é a única maneira de manter-se feliz, ancorado nas únicas coisas fortes suficientes para sustentar toda sua estrutura de felicidade: suas raízes.

Se você não negar suas raízes, vai acabar encontrando uma maneira de ganhar dinheiro com isso. E ele se converterá nos mais deliciosos frutos pois nascerão daquilo que faz você vibrar de felicidade. Mesmo que por um golpe do destino, não sejam os mais fartos frutos, aposto que serão muito mais doces do que quem tem uma árvore de maça carregada mas adora pêssego.

Dá uma olhada aí se tem respeitado e cuidado das suas raízes. É a única forma de ser feliz de maneira concreta. Senão, você pode ter um pomar carregado que ainda assim corre um sério risco de ser bem infeliz e fazer o mesmo com quem está ao seu lado.

Forte abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre.

(Professor Sérgio)
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