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Revista O Empresário / Número 172 · Novembro de 2012



Cardiologista lança livro em que associa prevenção de doença à mudança de comportamento. Cláudio Domênico diz que pacientes têm que ter hobby e hábito de ler: Pergunto quais os últimos três livros que o paciente leu e seus autores. “Isto faz parte da consulta”.

O senhor afirma que as pessoas conhecem os perigos dos maus hábitos, como fumar e não praticar exercícios, mas isto não é o suficiente para mudarem de atitude. O que é preciso para convencê-las?
O conhecimento muitas vezes não muda o comportamento, porque, se mudasse, médico não fumaria, não seria obeso, nem sedentário. É comum a pessoa mudar o hábito depois de um susto, um amigo que teve um infarto, o vizinho que teve um câncer, aí ele para de fumar, vai se cuidar. Muitas vezes a gente tem este tipo de motivação externa. Estes hábitos saudáveis estão muito ligados à nossa infância. Por exemplo, a mãe comenta: “meu filho é um adolescente que não lê nada, não pega um livro para ler”. Aí,
você pergunta: “quantas vezes a senhora deu o livro ao seu filho, quantas vezes levou o seu filho à livraria?”. O papel da educação é dos pais. É preciso começar cedo.

O tempo é apontado no livro como bem precioso. Como fazer para administrá-lo melhor?
O primeiro problema da falta de tempo é, na verdade, a falta de planejamento. Eu sempre divido o “tempo preferência” e o “tempo prioridade”. O primeiro é ligado ao emocional, e o segundo, ao racional. Se eu tenho que entregar o meu Imposto de Renda amanhã, isto é uma prioridade. Agora, se eu vou jogar sinuca ou futebol com os amigos, vou fazer o que me dá prazer. Procuro incentivar as pessoas a cuidarem mais do seu tempo, a planejar, já que não há uma maneira de recuperar o tempo que passou.

A falta de hobby pode ser um sintoma de que a pessoa não vai bem, segundo o livro. Por quê?
Não querer ter tempo com a família ou de prazer pode significar que a pessoa não está bem consigo mesma. Além disso, a palavra recreação vem do latim e significa ”parar para criar de novo”. As pessoas que estão ocupadas 110% tendem a ter problemas. Ou seja, de vez em quando a gente precisa de pausa. O Domênico De Masi chama isto de “ócio criativo”. A palavra ócio às vezes é mal vista, mas precisamos ter umas pausas na nossa vida, e hoje em dia as pessoas tendem a ter a agenda lotada o tempo todo. Recomendo que as pessoas tirem uma hora para elas, um tempo que não é da família, não é do trabalho, para fazer o que quiser em ou até não fazer nada. Às vezes, você está lá despreocupado na praia, e daí surge a solução para um problema. Se trabalha o tempo todo com a agenda cheia, não tem tempo de pensar, questionar, saber se aquilo é o que você quer.
A cardiologia comportamental é uma nova forma de ver o paciente?
O médico que segue esta nova área da cardiologia faz uma entrevista motivacional com o paciente, leva a pessoa a pensar. Como disse Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”. O médico precisa perguntar ao paciente se ele está satisfeito com a sua qualidade de vida. O profissional tem que utilizar esse momento mágico da consulta e tentar entender o paciente e junto com ele motivá-lo, ajudá-lo a buscar outro sentido para aquele hábito ruim, aquele vício indesejado. A Sociedade Brasileira de Cardiologia está criando agora, um grupo de estudo chamado exatamente de cardiologia comportamental, que serve para capacitar mais os médicos na entrevista motivacional, para eles saberem como abordar os pacientes.

Por que o senhor diz que a leitura faz bem para a saúde?
O professor Ivan Izquierdo (especialista em memória) costuma dizer que a melhor coisa para a memória é “ler, ler e ler”. Isso dá prazer, é fácil de ser executado. Ela pode ser praticada no ônibus, no metrô. Posso ler livro e depois emprestá-lo, trocar, pegar na biblioteca. E as pessoas têm lido muito pouco. Uma reportagem este ano mostrou que o brasileiro lê em média quatro livros por ano, e destes quatro, só termina dois. Ou seja, estamos lendo um livro por semestre. Recomendo que as pessoas leiam pelo menos um livro por mês.

O senhor cobra isto dos pacientes?
Sim, cobro, pergunto quais os últimos três livros que o paciente leu e quais os autores. Isto faz parte da consulta. O que vejo é que 90% não leem absolutamente nada. Nada contra ler jornal, mas nele eu leio que o dólar subiu ou caiu; livros e jornais são diferentes, o jornal não tem tanto aprofundamento.

O senhor brinca que tem visto muitos pacientes com CNPJ bom e CPF ruim. O que é isto?
Eu vejo pessoas muito bem-sucedidas profissionalmente, é o CNPJ, e quando olho para a pessoa física, o CPF, ela está muito malsucedida, ou seja, não há um equilíbrio entre o CNPJ e o CPF, entre o lado profissional e o bem-estar pessoal.

Medicina preventiva, na sua opinião, não é bateria de exames?
É quando você pede uma colonoscopia para todos que têm mais de 50 anos, você não está fazendo prevenção, está fazendo detecção precoce do câncer. Quando pede a esta pessoa para comer mais verduras, mais legumes, mais fibras, fazer mais exercícios, você está fazendo prevenção. As pessoas confundem prevenção com detecção precoce. Então, fazer exame das carótidas ou exame de cálcio das coronárias, isto não é prevenção. E a gente está atuando muito mais na área de tratamento e diagnóstico precoce do que na área de prevenção.
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