Para onde vão as informações que você coloca em um cadastro em um site de compras coletivas? Quem sabe o que você curtiu no Facebook? O que suas pesquisas no Google dizem sobre você? Provavelmente elas dizem mais do que o seu terapeuta sabe. Tudo isso está por aí, guardado em algum banco de dados. E, até agora, não há nenhuma norma que defina como essas informações devem ser tratadas. Dá para ter uma dimensão mais exata do poder ao olhar para as empresas online. A utilização dos nossos dados é o que justifica a existência de tantos serviços gratuitos na internet.
O crescimento de empresas como Google e Facebook - que anunciaram a chegada ao Brasil com registro na área de “consultoria em publicidade” - demonstra o potencial bilionário da perda da privacidade. O momento é o da economia da informação pessoal.
Por isso, as redes sociais são importantes: elas são quase como um pacote de mel para as pessoas se sentirem à vontade para fornecerem suas informações. O setor que mais requer preocupação é o de marketing online. Hoje, há ferramentas que monitoram silenciosamente o usuário, como por onde ele navega ou quais suas últimas compras, sua localização e preferências. Rastreando o comportamento do usuário através de vários sites é possível montar um perfil.
O QUE SÃO DADOS PESSOAIS, AFINAL?
- Informações de cadastro: nome, CPF, CEP, sexo e idade.
- Dados de comunicação: navegação na internet e telefonia, por exemplo.
- Preferência, gostos, conteúdo compartilhado até os ‘likes’ no Facebook.