Revista O Empresário / Número 149 · Dezembro de 2010
O acidente vascular cerebral (AVC) decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro. Essa falta ou restrição no fornecimento de sangue pode provocar lesão ou morte celular, além de danos nas funções neurológicas. Quando originado por obstrução de vasos sanguíneos é classificado como isquêmico, quando é resultado por uma ruptura do vaso, caracteriza-se como hemorrágico.
O isquêmico é responsável por 80% dos casos. Esse entupimento dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a uma trombose (formação de placas em uma artéria principal do cérebro) ou embolia (quando uma placa de gordura segue pela rede sanguínea chegando aos vasos cerebrais).
O hemorrágico é o rompimento dos vasos sanguíneos que se dá, na maioria das vezes, no interior do cérebro. Como consequência há o aumento da pressão intracraniana, que pode agravar a lesão. É o subtipo mais grave e tem altos índices de mortalidade.
SINTOMAS MAIS FREQUENTES
*Fraqueza ou dormência súbita na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando apenas um dos lados do corpo.
*Dificuldade súbita na fala.
* Falta de compreensão nos diálogos.
* Perda momentânea da visão.
* Dificuldade em caminhar.
* Perda súbita de equilíbrio ou de coordenação.
* Dor de cabeça súbita, intensa e sem nenhuma causa aparente.
PACIENTES NÃO PROCURAM TRATAMENTO IMEDIATO PORQUE:
* Não conhecem os sintomas.
* Pensam que os desconfortos são passageiros.
* Não sabem que se trata de uma emergência.
* Pensam que nada pode ajudá-lo.
* Medo em confirmar o diagnóstico.
* Medo da hospitalização.
FIQUE ALERTA!
Que fatores podem levar a um AVC?
Os principais são hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicerídeos elevados, obesidade, tabagismo, aterosclerose (formação de placas de gordura nas artérias), arritmias cardíacas (principalmente fibrilação atrial), doenças das válvulas cardíacas, doença de Chagas, apneia do sono e doenças genéricas de coagulação.
Quando o risco é maior?
O risco de AVC é maior em homens acima dos 45 anos e em mulheres acima dos 55 anos. Também existem doenças específicas que causam um AVC em cada faixa etária, como as doenças do metabolismo e anemia falciforme em crianças, doenças genéticas e forame oval patente (comunicação entre os lados direito e esquerdo do coração) em adultos jovens.
Quais as consequências?
As sequelas podem ser motoras (dificuldade ou perda de movimento), sensitivas (anestesia em partes do corpo), na fala (dificuldade ou perda), na visão (perda completa ou de parte da visão), na memória e convulsões. Conforme o tamanho e a localização do AVC, a quantidade e gravidade dos sintomas varia. Muitos pacientes permanecem inválidos e dependentes.
O que fazer se achar que alguém está tento um AVC?
Um serviço médico de emergência deve ser procurado, de preferência um que conte com neurologista de plantão. O atendimento a vítimas de AVC é prioritário, quanto antes o paciente for atendido, mais células cerebrais podem ser poupadas. Serviços médicos especializados em AVC dispõem de tratamento específico com trambolítico para desobstruir a artéria envolvida, que pode ser aplicado em até quatro horas e meia do início dos sintomas, com grandes chances de resolver os problemas dos sintomas neurológicos.