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Revista O Empresário / Número 114 · Novembro de 2007



Será o aquecimento global que me dá essa sensação de derretimento?
Ou é a redução do oxigênio no ar que me deixa tonto assim? Devo
culpar a poluição da água pelos pés pesados, o pensamento distante
e o olhar vidrado? Ou será que é porque acabo de me tornar avô?

Existe um ritual de passagem quando a gente se torna pai. É uma
experiência que deixa você bobo, como fiquei quando deixei minha
esposa em uma maternidade de Brasília para ter nossa primeira filha
e saí dirigindo pela cidade. Vaguei quase uma hora pelas ruas e
avenidas até perceber que não sabia o que estava fazendo. Comprei
uma maçã verde em uma banca de rua e voltei ao hospital com a
desculpa de que tinha ido comprar uma fruta para ela.

Quase trinta anos se passaram desde o primeiro parto e agora
experimento mais uma vez esse passar de fase no game da vida. Minha
filha, que nasceu em minha fase macrobiótica de bicho-grilo-avesso-
à-tecnologia, deu à luz um garotão nos EUA, a 7 mil quilômetros
daqui, mas eu o vejo e escuto seu choro quase diariamente via
Skype. Na parte do choro, os 7 mil quilômetros até que são uma
vantagem.

Quantas fases passei para chegar aqui? Não foram poucas. Quem
passa dos quarenta - e eu já passei dos cinqüenta - deve saber que
nada será como antes, e a visão da vida também deve mudar. Até uma
certa idade você corre atrás de dinheiro, sucesso e poder, qualquer
que seja sua carreira. Seu relógio anda pra frente. Então, um belo
dia, você entra em modo de contagem regressiva. Aí é hora de olhar
menos para o cifrão e mais para o significado da vida. E um neto
ajuda demais nessa mudança de fase.

É claro que nem todos pensam assim. Muitos preferem mentir o
processo natural da vida, numa desesperada tentativa de negar as
mudanças de fase. Pinta aqui, estica ali, suga acolá, numa
desesperada tentativa de recuperar anos perdidos criando filhos,
aturando o cônjuge e trabalhando sem parar. Mas, será que foram
mesmo perdidos? Se fizer um balanço vai descobrir um saldo
positivo. O melhor mesmo é aceitar o processo. Sem completar uma
fase você não entra na seguinte.

Existe algo de belo na estação da vida chamada envelhecer. Ou será
que você precisa provar que é tão forte, ágil e capaz quanto um
adolescente? Eu, particularmente, prefiro observar a natureza dando
livre curso ao seu processo. Acho que nada se compara à profusão de
cores das folhas de outono no hemisfério norte. Sim, elas estão
caindo, mas caem belas para dar lugar às mais novas.

Depois de ter filhos e plantar árvores, seu vigor está mais para
escrever livros, ou simplesmente narrá-los para as novas gerações.
Elas necessitam desse conhecimento transformado em sabedoria e
envelhecido em tonéis de experiência. Isso se a sua meta na vida
não for dirigir um carro vermelho, tomar pílulas azuis e ser o
tiozão das baladas adolescentes.

Passar de fase é algo que deve ser acalentado, sorvido sem
sofreguidão, como fazemos com vinhos caros. Afinal, para que a
pressa quando se passou da metade do jogo? Passar de fase é coisa
para ser anunciada com orgulho e paixão. Como contou um escritor na
entrevista que ouvi no rádio do carro.

Acho que foi Ignácio Loyola Brandão, não tenho certeza. O que
recordo bem foi que contou da palestra que fez para 400 pessoas.
Antes de iniciar, pediu licença à platéia para manter seu celular
ligado, pois esperava uma ligação importante. Na metade da palestra
o celular tocou. Ele atendeu, desligou e, voltando-se para a
platéia, anunciou:

- Meu neto nasceu!

Pela primeira vez na história 400 pessoas aplaudiram de pé a
interrupção de uma palestra por um celular.
(exclusiva on line)
---
Mario Persona www.mariopersona.com.br é escritor, palestrante e
consultor de comunicação e marketing.
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