Revista O Empresário / Número 105 · Fevereiro de 2007
Ouvir e dialogar são duas das mais nobres funções da inteligência. Elas são cultivadas no terreno da confiança, da empatia e da liberdade. Onde há falta de confiança, muitas cobranças excessivas e controle social, elas não sobrevivem. Uma complementa a outra, uma depende da outra. Quem não aprender a ouvir nunca saberá dialogar.Quem não aprender a falar de si mesmo, nunca será um bom ouvinte.
OUVIR É
1) A arte de se esvaziar para ouvir o que os outros têm a dizer e não o que gostaríamos de ouvir.
2) A capacidade de se colocar no lugar dos outros e perceber as suas dores e necessidades sociais.
3) Penetrar no coração psíquico e desvendar as causas da agressividade, da timidez, da angústia, dos comportamentos estranhos.
4) Interpretar o que as palavras não disseram e o que as imagens não revelaram.
5) Ter a sensibilidade para respeitar as lágrimas visíveis e perceber as que nunca foram choradas.
DIALOGAR É
1) A arte de falar de si mesmo.
2) Trocar experiências de vida.
3) Revelar segredos do coração.
4) Ser transparente. Não simular os sentimentos e as intenções.
5) Não ter vergonha das suas falhas e nem medo dos seus fracassos.
6) Respeitar os limites e os conflitos dos outros. Não dar respostas superficiais
7) O diálogo interpessoal que cruza os mundos psíquicos e implode a solidão.
Fonte: Augusto Cury, psiquiatra, autor do livro “12 semanas para mudar uma vida”, Editora Academia de Inteligência.