Revista O Empresário / Número 103 · Novembro de 2006
Assim como o crédito bancário no Brasil cresceu na carona de formas inovadoras como o microcrédito e o crédito consignado em folha de pagamento a criatividade também foi a marca das formas pouco ortodoxas, e até ilegais, de financiamento daqueles que não chegam aos bancos e às financeiras. Aumentou no país, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças ( Anefac), o refinamento de veículos e surgiram novas modalidades de empréstimo com o uso do cartão de crédito.
De acordo com Miguel Ribeiro de Oliveira vice-presidente da Anefac e estudioso do mercado de crédito que acompanha os anúncios nos classificados de jornais os agiotas se atualizaram:
- Temos quatro principais tipos de agiotagem: a troca de cheques, a mais tradicional,; empréstimo mediante transferência de automóvel, mais comum para pessoas com restrições bancárias; e empréstimo por transferência de imóveis, mais difundida com pequenos empresários, e a mais recente, o empréstimo com simulação de venda com cartão de crédito.
Ele explica que nesse novo formato, o agiota faz parceria com uma loja ou monta uma empresa de fachada, que simula a venda de um produto que não existe para quem toma o empréstimo. A pessoa, assim, recebe parte do recurso do pseudo-pagamento.
A outra cobre os “juros” a remuneração do agiota. Além disso, o tomador do empréstimo pode ter que pagar as taxas do próprio cartão, se atrasar a fatura.