Revista O Empresário / Número 101 · Setembro de 2006
Um homem foi ao barbeiro, como de costume. Enquanto seus cabelos eram cortados ia conversando. Começaram, então, a falar de Deus.
O barbeiro fala:
- Eu não acredito que Deus existe como você diz.
O cliente pergunta:
Por que você diz isto?
- Bem, é muito simples. Você só precisa sair à rua para ver que Deus não existe. Se Ele existisse, você acha que haveria tantas pessoas doentes? Tantas crianças abandonadas? Se Ele existisse não haveria dor e sofrimento... eu não consigo imaginar um Deus que permite todas essas coisas.
O cliente, para não criar uma discussão acalorada, calou-se diante dos argumentos do homem.
Terminado o corte, o cliente saiu e, na rua, viu um homem sujo, maltrapilho com barba enorme, mal cuidada e cabelos que há muito não viam uma tesoura. Imediatamente voltou ao interior da barbearia e disse ao barbeiro:
- Sabe de uma coisa? Barbeiros não existem!
- Como assim, eles não existem? Aqui estou eu para provar que existem.
- Não! Eles não existem, por que se existissem não existiriam pessoas com barba e cabelos longos como os daquele homem.
- Ah, mas barbeiros existem, o que acontece é que as pessoas não me procuram, e isto é uma opção delas.
- Exatamente! É justamente isto. Deus existe. O que acontece é que as pessoas não O procuram, pois é uma opção delas e é por isso que há tanta dor e sofrimento no mundo.
“Deus não prometeu dias sem dor; risos sem sofrimentos; sol sem chuva. Ele prometeu força para o dia; conforto para as lágrimas e luz para o caminho.”